Sociabilidade é crucial para bem-estar de cães, revela estudo

Um estudo conduzido pelo Projeto de Envelhecimento Canino (Dog Aging Project), envolvendo mais de 21.000 cães, descobriu uma correlação significativa entre o apoio social e a melhoria do bem-estar geral dos cães. A pesquisa, liderada por Noah Snyder-Mackler, professor assistente da Escola de Ciências da Vida da ASU, em colaboração com estudantes de mestrado e doutorado, analisou detalhadamente as respostas de uma pesquisa com proprietários de cães, abrangendo um total de 21.410 cães. Os resultados indicaram que o ambiente social e físico em que os cães vivem pode influenciar significativamente o envelhecimento, a saúde e a sobrevivência. A pesquisa revelou que a rede de apoio social do cão é o fator mais influente na melhoria dos resultados de saúde, superando condições financeiras, estabilidade doméstica ou idade do proprietário. Fatores como adversidade financeira e doméstica foram associados a uma saúde mais precária e mobilidade física reduzida, enquanto uma maior companhia social, como viver com outros cães, estava associada a uma melhor saúde. Curiosamente, o estudo também descobriu que o tempo gasto com crianças tinha um efeito negativo na saúde dos cães, sugerindo que isso pode levar a menos tempo dedicado aos “filhos peludos”. Além disso, cães de famílias com maior renda foram diagnosticados com mais doenças, provavelmente devido ao acesso mais fácil a cuidados veterinários. Snyder-Mackler e sua equipe agora planejam explorar como esses fatores externos afetam a saúde dos cães em um nível fisiológico, com uma subseção de cães sendo estudada mais de perto para entender melhor essas conexões. Este estudo sublinha a importância do ambiente social na saúde dos cães e espelha as descobertas semelhantes em humanos, destacando a necessidade de se concentrar mais na influência do ambiente social na saúde e na doença, e investigar como cada fator ambiental pode contribuir para anos mais saudáveis de vida tanto em cães quanto em humanos. Para ler o conteúdo na íntegra, acesse: SciTech Daily
O envelhecimento canino e a longevidade humana

Em um estudo pioneiro, o Projeto Envelhecimento Canino (Dog Aging Project), lançado em 2018, está desbravando novos caminhos na pesquisa sobre a longevidade dos cães e suas implicações para a saúde humana. Mais de 32.000 cães de todas as raças, idades e tamanhos dos Estados Unidos estão participando deste projeto ambicioso, que promete ser uma das maiores pesquisas sobre envelhecimento canino até hoje. O projeto, que deve durar pelo menos 10 anos, busca entender melhor o processo de envelhecimento em cães, considerando que estes animais compartilham muitos aspectos do ambiente humano e recebem cuidados veterinários comparáveis aos cuidados de saúde dos humanos. O estudo é liderado por Joshua Akey, professor no Instituto Lewis-Sigler para Genômica Integrativa de Princeton, e Elinor Karlsson, do Broad Institute, junto com outros especialistas. Um dos aspectos mais empolgantes do projeto é a análise do DNA de cães que vivem excepcionalmente muito, comparados aos “super-centenários” do mundo canino. A equipe espera identificar biomarcadores específicos do envelhecimento canino e, por extensão, do envelhecimento humano. Os proprietários dos cães participantes concordam em preencher pesquisas anuais e fornecer amostras como swabs de bochecha para análise de DNA. Além disso, uma colaboração com veterinários de todo o país permite a coleta de amostras de pelos, fezes, urina e sangue de alguns membros do “Pack DAP”, como são chamados os cães participantes. Daniel Promislow, principal investigador do projeto financiado pela National Institute on Aging e professor de biologia na Universidade de Washington, destaca que os cães oferecem uma oportunidade única para identificar fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida associados a uma vida saudável e longa. A equipe planeja abrir seu vasto conjunto de dados, totalmente anonimizado, para cientistas de todo o mundo, esperando que as descobertas possam transformar a medicina veterinária, a pesquisa sobre envelhecimento e muitos outros campos de estudo. Kate Creevy, principal autora do artigo sobre o projeto e diretora veterinária do DAP, expressa o orgulho de compartilhar os resultados com a comunidade científica, enfatizando o potencial transformador do Projeto Envelhecimento Canino. Para ler o conteúdo na íntegra, acesse: Princeton Edu.
Cães Podem Ser a Chave para Reverter o Envelhecimento em Humanos

Em uma reviravolta surpreendente na pesquisa de longevidade, os cães estão agora no centro das atenções como modelos potenciais para entender o envelhecimento humano. Stephanie Abraham, uma criadora de cães e juíza de exposições caninas em Connecticut, tem desempenhado um papel crucial nessa pesquisa inovadora. Ela vive com nove Cavalier King Charles Spaniels, incluindo Ace, um cachorro de nove anos que recentemente desenvolveu um sopro cardíaco, uma condição comum que afeta cerca de 7% de todos os cães e 80% dos Cavaliers. Ace foi inscrito em um tratamento experimental, denominado RJB-01, que entrega dois genes associados à longevidade. Diferentemente das terapias genéticas tradicionais, que normalmente se concentram em um único defeito genético, o RJB-01 não visa uma mutação específica, mas sim procura restaurar processos celulares que declinam com a idade. Daniel Oliver, co-fundador e CEO da Rejuvenate Bio, a empresa por trás do desenvolvimento dessa terapia, afirma que o objetivo é impactar múltiplas condições relacionadas à idade ao focar no envelhecimento em si. Este tratamento experimental em cães abre novas possibilidades para o tratamento de doenças crônicas e talvez até o envelhecimento em humanos. O projeto Dog Aging, dirigido pelo biólogo Matt Kaeberlein da Universidade de Washington, é outra iniciativa que utiliza cães para explorar o envelhecimento. Com quase 40.000 cães inscritos, o projeto busca identificar fatores biológicos, ambientais e genéticos que promovem a longevidade saudável. Este foco em cães, que compartilham muitos aspectos de seu ambiente e dieta com humanos, oferece uma oportunidade única para entender melhor os processos de envelhecimento e potencialmente desenvolver tratamentos para humanos. Mesmo que essas pesquisas não resultem em avanços diretos para a longevidade humana, elas podem levar a tratamentos inovadores para nossos amigos caninos, trazendo benefícios tanto para a saúde animal quanto para a humana. Para ler o conteúdo na íntegra, acesse: The National Geographic