É possível prolongar a vida dos cães?

A convivência com nossos cães é tão especial que, muitas vezes, o tempo que passamos juntos parece ser curto demais. A expectativa de vida de um cão, que pode variar de 8 a 15 anos dependendo de porte, raça e outros fatores, muitas vezes desperta uma pergunta comum entre tutores: é possível prolongar a vida dos cães? Leia mais: O que é a epigenética? Essa questão, antes limitada aos cuidados básicos, ganhou novas perspectivas graças aos avanços da ciência. Pesquisadores e empresas ao redor do mundo — incluindo iniciativas inovadoras no Brasil — estão mostrando que é possível prolongar a vida dos cães, não apenas aumentando os anos de vida, mas também garantindo mais saúde e bem-estar durante esse período. O envelhecimento canino: o que sabemos até agora? O envelhecimento é o principal fator de risco para doenças crônicas em cães. Assim como nos humanos, ele está associado a uma série de alterações biológicas, como inflamações persistentes (o chamado “inflammaging”) e a diminuição na capacidade de regeneração celular. Essas mudanças estão diretamente ligadas a condições como osteoartrite, insuficiência renal, doenças cardíacas e até mesmo alguns tipos de câncer. Mas, ao contrário do que se pensava no passado, envelhecer não precisa ser sinônimo de declínio inevitável. Estudos de gerociência — uma área que investiga como desacelerar o envelhecimento — têm demonstrado que é possível atuar diretamente nos processos celulares para reduzir os impactos do tempo no organismo. Um dos principais focos é atacar os chamados “marcadores do envelhecimento”, como o acúmulo de células senescentes (células velhas que perdem função, mas continuam inflamatórias) e a diminuição da funcionalidade mitocondrial, que prejudica a produção de energia. Soluções inovadoras na longevidade canina Os avanços não estão apenas nos laboratórios. Empresas de biotecnologia ao redor do mundo já começam a aplicar os conhecimentos da gerociência em soluções práticas para os cães. No Brasil, uma iniciativa inovadora tem ganhado destaque: a combinação de ciência, tecnologia e personalização para desenvolver protocolos que buscam retardar o processo de envelhecimento. Trata-se da PetMoreTime, cujos protocolos geralmente envolvem: Essas ferramentas não apenas aumentam a expectativa de vida dos cães, mas também ajudam a reduzir os impactos das doenças associadas ao envelhecimento, promovendo mais qualidade de vida.
O que são Testes Genéticos e Epigenéticos?

Os testes genéticos e epigenéticos são ferramentas essenciais na medicina veterinária moderna, ajudando na compreensão aprofundada de aspectos da saúde, longevidade e bem-estar dos cães. Esses testes fornecem informações detalhadas sobre a composição genética de um cão e as influências ambientais na expressão genética, ajudando na prevenção, diagnóstico e manejo de várias condições de saúde. Você irá aprender, agora, o que são testes genéticos e epigenéticos, sua importância na promoção da longevidade canina e como cada um deles funciona, com um foco particular nos relógios epigenéticos. Entendendo os testes genéticos Testes genéticos analisam o DNA de um cão para identificar marcadores genéticos específicos associados a condições de saúde, características físicas e pistas sobre a raça. Esses testes tornaram-se cada vez mais populares entre donos e criadores de cães devido à sua capacidade de prever potenciais problemas de saúde e informar decisões de criação. O funcionamento destes testes genéticos é bem simples: envolve apenas a coleta de uma amostra de DNA do cão, geralmente através de um swab bucal ou amostra de sangue. Esta amostra é, então, analisada em um laboratório para identificar variações genéticas. As etapas principais incluem: Os testes podem fornecer pistas importantes sobre fatores genéticos do cão, que impactam a sua saúde em médio e longo prazo. Com uma análise detalhada, o tutor pode descobrir, por exemplo, condições de saúde hereditárias. Isso é essencial para o tratamento precoce de doenças como displasia de quadril, doenças cardíacas e certos tipos de câncer. Entendendo os testes epigenéticos Os testes epigenéticos são capazes de demonstrar como os fatores ambientais influenciam a expressão genética. Esses testes não alteram o código genético em si, mas examinam modificações que afetam como os genes são ativados ou desativados. Um dos avanços mais significativos na área da longevidade é o desenvolvimento dos relógios epigenéticos, que funcionam para diferentes espécies, de caninos a humanos. De forma mais aprofundada, os testes epigenéticos analisam mudanças químicas no DNA e nas proteínas histonas que afetam a expressão genética. O processo geralmente envolve: Relógios epigenéticos e idade biológica Os relógios epigenéticos funcionam da mesma forma que os testes epigenéticos. O enfoque, no entanto, é diferente: eles almejam estimar a idade biológica com base no padrão de metilação do DNA, que muda de forma previsível com a idade. Esses relógios usam marcadores específicos no DNA que correlacionam com o envelhecimento. Esses marcadores, conhecidos como sítios CpG, passam por mudanças de metilação que podem ser medidas para estimar a idade biológica de um organismo. Diferentemente da idade cronológica, a idade biológica reflete a condição fisiológica real do cão, que pode ser influenciada por genética, ambiente e estilo de vida. Eles funcionam, de forma simplificada, da seguinte maneira: Testes genéticos e epigenéticos: qual o impacto na longevidade? Compreender fatores genéticos e epigenéticos é crucial para promover a longevidade canina. Juntos, eles conseguem abranger muitos aspectos da saúde dos cães, indo além da mera questão da idade biológica. Veja, abaixo, motivos para considerar o uso de testes genéticos e epigenéticos na prática clínica veterinária: Cuidados de saúde preventivos Ao identificar predisposições genéticas para certas doenças, donos e veterinários podem tomar medidas proativas para prevenir ou manejar essas condições. Por exemplo, saber que um cão está em risco de displasia de quadril permite intervenção precoce através de suplementação, fármacos, dieta, exercícios e, se for preciso, cirurgia. Personalização da saúde Informações genéticas e epigenéticas permitem planos de tratamento personalizados adaptados à composição genética e influências ambientais do cão. Essa abordagem pode aumentar a eficácia dos tratamentos e melhorar os resultados gerais de saúde. Aumento da qualidade de vida Pistas fornecidas pelos testes epigenéticos podem orientar ajustes de estilo de vida e ambiente para melhorar a qualidade de vida de um cão. Por exemplo, entender como dieta e estresse afetam a expressão genética pode levar a melhores práticas de nutrição e enriquecimento ambiental. Manejo do envelhecimento Relógios epigenéticos fornecem uma ferramenta poderosa para monitorar a idade biológica, permitindo intervenções oportunas que podem desacelerar o envelhecimento e abordar questões de saúde relacionadas à idade. Isso pode contribuir significativamente para estender a vida saudável dos cães. Em resumo, testes genéticos e epigenéticos são ferramentas valiosas na busca pela longevidade canina. Eles fornecem uma riqueza de informações que podem ajudar na prevenção, diagnóstico e manejo de problemas de saúde, melhorando assim a qualidade e a duração da vida de um cão.
Tabela de Idade de Cachorro: Como calcular a idade de um cachorro?

Todos nós queremos saber como calcular a idade de um cachorro e saber quantos anos humanos nossos queridos doguinhos possuem. Afinal, eles participam da rotina diária da nossa família e o tempo passa rápido demais; de repente, eles são como pessoas idosas, dependentes de cuidados extras e sem energia. Entender como a idade canina funciona é super importante para cuidarmos direito de nossos pets. Isso nos ajuda a saber de suas necessidades em cada etapa da vida e também prevenir o declínio da saúde e da qualidade de vida, característicos do envelhecimento. Por isso, a PetMoreTime consultou diversas fontes para trazer para você uma fórmula prática de como calcular a idade de um cachorro. Como saber a idade de um cachorro para humano? Muito provavelmente você deve estar se perguntando “Mas, espera aí, eu sempre ouvi dizer que a idade do cachorro multiplicava por sete anos!” Sim, é verdade que essa maneira de calcular a idade de um cachorro foi usada durante muito tempo, no Brasil e no mundo, para compreender o estágio de envelhecimento de um cãozinho. Segundo a American Kennel Club, uma possível explicação para o uso desta fórmula era de que, antigamente, as pessoas viviam cerca de 70 anos e os cães cerca de 10. Hoje em dia, graças ao aumento da expectativa de vida (humana e canina), essa conta está bem diferente: uma pessoa pode chegar até 100 anos ou mais, enquanto um cão, a depender da raça e tamanho, pode superar os 15 anos. Outra suposição era de que se tratava de uma estratégia de marketing, diz William Fortney, veterinário da Universidade do Estado de Kansas. O objetivo, segundo ele, era educar o público sobre como os cachorros envelhecem bem mais rápido do que os humanos, e, assim, levá-los mais vezes ao veterinário. Como calcular a idade de um cachorro A Associação Médica Veterinária Americana (AVMA) fornece as seguintes diretrizes gerais para calcular a idade do cão em anos humanos: Além disso, a Associação Americana de Hospitais Animais (AAHA), compartilhou um documento da Zoetis que determina a idade fisiológica do seu pet. Trouxemos as informações resumidas abaixo: No geral, gatos e cães pequenos são geralmente considerados “idosos” aos dez anos de idade. E cães de raças maiores tendem a ter uma expectativa de vida mais curta em comparação com raças menores, e podem ser considerados idosos com 5 ou 6 anos de idade. Nós falamos sobre a média de vida de cães em nosso blog. Cachorros Pequenos Cachorros Médios Cachorros Grandes Como calcular a idade de um cachorro com logaritmo Um outro estudo de 2019 realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego apresentou um novo método para calcular a idade dos cães, baseado em mudanças feitas no DNA humano e canino ao longo do tempo. Os resultados permitiram que eles derivassem uma fórmula para ajustar as idades dos cães para “anos humanos”, multiplicando o logaritmo natural da idade do cão por 16 e adicionando 31 (idade_humana = 16ln(idade_cão) + 31). Este cálculo de logaritmo natural pode ajudar você a calcular a idade do seu cachorro de outra forma. Vamos usar a fórmula para calcular a idade de um cão de 5 anos em anos humanos. A fórmula é: Idade equivalente humana=16×ln(idade cronológica do cão)+31 Substituindo a idade cronológica do cão (5 anos) na fórmula, temos: Calculando o logaritmo natural de 5 (aproximadamente 1.61) e substituindo na fórmula, temos: Finalmente, realizando a multiplicação e a adição, obtemos: Idade equivalente humana≈57 Portanto, um cão de 5 anos teria o equivalente a 57 anos humanos, de acordo com essa fórmula. Lembre-se de que isso é apenas uma estimativa e pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a raça e o tamanho do cão. Para facilitar, veja abaixo uma tabela que traz o logaritmo natural de cada idade e a idade humana correspondente: Idade canina com o logaritmo natural Idade canina Logaritmo natural Idade humana 1 0.0000 31 2 0.6931 42.1 3 1.0986 48.6 4 1.3863 53.2 5 1.6094 56.8 6 1.7918 59.7 7 1.9459 62.1 8 2.0794 64.3 9 2.1972 66.2 10 2.3026 67.8 11 2.3979 69.4 12 2.4849 70.8 13 2.5649 72 14 2.6391 73.2 15 2.7081 74.3 Fonte: Purina Como saber a fase de vida do cachorro? Identificar a fase de vida do seu cachorro é essencial para proporcionar os cuidados adequados em cada etapa. A classificação geralmente segue três principais estágios: filhote, adulto e idoso. Esses períodos podem variar de acordo com o porte e a raça do cão. Por exemplo: Conhecer a fase de vida ajuda a ajustar a alimentação, os cuidados veterinários e as atividades físicas, garantindo bem-estar ao seu cão. Sinais comuns de envelhecimento em cães À medida que os cães envelhecem, diversos sinais físicos e comportamentais começam a se manifestar, indicando a progressão da idade. Esses sinais são cruciais para entender as mudanças pelas quais seu animal de estimação está passando e ajustar seus cuidados de acordo. Um dos indicadores mais notáveis da idade de um cão são seus dentes. Conforme explicado por especialistas, aos sete meses, todos os dentes permanentes do cão já deveriam ter crescido. Entre um e dois anos, esses dentes começam a ficar mais opacos e podem apresentar um leve amarelamento. Já entre cinco e dez anos, os dentes mostram sinais de desgaste e, possivelmente, de doenças dentárias. Outros indicadores do envelhecimento de um cão, especialmente à medida que alcançam os anos maduros, incluem: Como cuidar de um cão idoso Nós sabemos que nos primeiros meses de vida os cães têm um crescimento muito acelerado. Já a fase sênior traz consigo um ritmo mais lento e a necessidade de adaptações no cuidado diário. Aqui estão algumas dicas importantes para garantir que seu amigo canino desfrute de seus anos dourados com conforto e saúde: Entendeu? Como falamos, o cálculo da idade de um cachorro para humano é muito mais complexa do que a escala de 7:1. Portanto, esperamos tê-lo ajudado a aprender como calcular a idade de um cachorro! Como a PetMoreTime poderá ajudar
Dá para aumentar a longevidade dos cães? A resposta pode te surpreender

A pergunta é feita por uma multidão de tutores ao se despedirem de seus animais de estimação. Em média, os cães vivem entre 8 e 15 anos, segundo a American Veterinary Medical Association. Mas pode ser mais, dependendo das condições de alimentação e saúde, do ambiente, da raça e do porte do animal. Um estudo inglês, divulgado neste ano pelo jornal Scientific Reports (do grupo Nature), indicou que até o tamanho do focinho pode estar relacionado a uma maior expectativa de vida. Pesquisas anteriores já apontaram que cachorros pequenos tendem a viver mais do que os grandes. O trabalho em questão cruzou dados de 584.734 cães fornecidos por 18 organizações – de abrigos a companhias de seguros para pets – para avaliar porte, género, raça pura ou mestiça, e o formato do crânio, investigando a interação entre essas características. Os resultados foram apresentados por Kirsten McMillan, chefe adjunta de pesquisa da Dogs Trust, a maior instituição de caridade dedicada a cães no Reino Unido, que fez parte da pesquisa. Segundo a investigação, entre as raças puras, cadelas pequenas e de focinho longo tendem a ter a maior expectativa de vida, com média de 13,3 anos. Já a de cachorros de focinhos achatados (braquicéfalos) é de 11,2 anos, possivelmente pela maior propensão a problemas respiratórios. Como os pesquisadores ressaltaram, os dados se referem à região, e diversos aspectos locais podem influenciar, desde a maneira como a sociedade inglesa cria seus companheiros peludos até a situação dos animais para adoção. Cuidado e prevenção De qualquer modo, independentemente do país ou das características do cachorro, a orientação básica para quem deseja aumentar o tempo de vida de seu pet é: cuide disso desde que ele é filhotinho. E mantenha essa atenção ao longo da vida do animal. Para o médico veterinário Pedro Risolia, da Petlove, é preciso entender que o cuidado não se inicia só quando o cão está idoso. Para o cachorro ser longevo, é essencial oferecer boa alimentação, exercícios, vacinação e consultas periódicas ao veterinário – não só quando o bicho está doente. “Temos uma cultura de levá-lo ao veterinário só quando o pet está mal. Mas é aconselhável levá-lo ao menos uma vez por ano, mesmo estando bem.” O fato é que nossos bichos de estimação estão vivendo mais tempo agora do que décadas atrás. E isso se explica pela transformação da relação das pessoas com “o melhor amigo”. De acordo com Risolia, o que gerou esse impacto na sobrevida foi a forma como lidamos com o cachorro. “Quando ele estava no quintal de casa, aberto às intempéries da natureza, comia resto de comida, tinha doenças que não eram diagnosticadas nem tratadas, seu ciclo de vida se tornava menor,” disse o médico. Leia o restante da matéria em https://braziljournal.com/da-para-aumentar-a-longevidade-dos-caes-a-resposta-pode-te-surpreender/ Por Luis Estrelas
Por que estudar o envelhecimento canino?

A ciência da longevidade tem avançado rapidamente nas últimas décadas. Prova disso são os inúmeros estudos realizados em modelos animais para verificar a eficácia de estratégias nutracêuticas e farmacológicas na extensão do tempo de vida útil. E como estudar o envelhecimento canino pode ajudar? O motivo mais importante, é claro, é o desejo de querer compartilhar a vida por mais tempo com nossos amigos peludos. Agora, vamos entender, a fundo, porque estudar o envelhecimento canino é tão importante no ramo da ciência. Onde tudo começa A investigação do envelhecimento canino não é um conceito novo. Ela ganhou mais destaque nas últimas décadas, evoluindo ao lado dos avanços na medicina veterinária e na área de biotecnologia. Estudos iniciais visavam entender os processos básicos da vida dos cães, mas o foco gradualmente se deslocou para estabelecer paralelos com o envelhecimento humano. Esse deslocamento foi impulsionado pelo reconhecimento de dinâmicas relacionadas à idade e padrões de doenças semelhantes observados tanto em humanos quanto em cães. Doenças compartilhadas Uma das justificativas para estudar o envelhecimento canino é a ocorrência de condições crônicas e comorbidades que são semelhantes àquelas em humanos, especialmente com o passar dos anos. Estamos falando de condições como obesidade, artrite, hipotireoidismo e diabetes, que são comuns tanto em humanos quanto em cães de companhia. Essa semelhança de comorbidade em cães e humanos em idade avançada denota a complexidade do processo de envelhecimento. Isso sugere que esse declínio físico e cognitivo não é apenas uma simples progressão do tempo, mas um processo multifatorial influenciado por várias condições de saúde. Idade e risco de doença Vários estudos destacam que as causas neoplásicas, congênitas e metabólicas de morte exibem trajetórias de idade semelhantes em cães e humanos. Ou seja: a idade é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de diversas doenças degenerativas. Essa descoberta é crucial, pois sugere que os mecanismos biológicos subjacentes que impulsionam esses riscos de doença podem ser conservados entre as espécies. O modelo translacional A decisão de estudar o envelhecimento canino e usar cães de companhia como modelo translacional para o envelhecimento é cada vez mais aceita pela comunidade científica. Esta abordagem aproveita o ambiente compartilhado e patologias naturais semelhantes entre humanos e cães para investigar os mecanismos do envelhecimento. Como sugere um estudo do Dog Aging Project, os processos de envelhecimento paralelos em cães e humanos tornam os cães um modelo ideal para estudar aspectos complexos da morbidade e mortalidade humana. Uma das grandes vantagens desse modelo é a vida útil mais curta dos cães, o que permite aos pesquisadores observar todo o processo de envelhecimento em um período relativamente mais curto. Este aspecto é crucial para estudos longitudinais, permitindo uma coleta e análise de dados mais rápida. Além disso, o ambiente de convívio compartilhado dos cães de companhia com humanos fornece um contexto mais realista para estudar influências ambientais sobre o envelhecimento. Fatores genéticos e ambientais A pesquisa sobre o envelhecimento canino não se limita a estudos observacionais, mas também se estende à exploração de determinantes genéticos e ambientais. Os cães, com suas raças diversas e constituição genética, oferecem uma excelente oportunidade para estudar os aspectos genéticos do envelhecimento. Os pesquisadores podem, por exemplo, investigar como traços genéticos específicos em diferentes raças influenciam a longevidade e as doenças relacionadas à idade. Além disso, há estudos que examinam o impacto da dieta, exercício e condições de vida na saúde e longevidade canina. Compreender como essas variáveis ambientais interagem com predisposições genéticas pode ajudar no desenvolvimento de estratégias holísticas para promover um envelhecimento saudável em ambas as espécies. Direções futuras e potencial de pesquisa O futuro é bastante promissor no que diz respeito à compreensão do envelhecimento canino e, consequentemente, em humanos. As tendências emergentes neste campo incluem a integração de tecnologias avançadas como genômica e bioinformática, que podem aprofundar nosso conhecimento sobre os mecanismos moleculares do envelhecimento. Ademais, intervenções farmacológicas e nutracêuticas estão em desenvolvimento para atrasar ou retardar as doenças associadas ao envelhecimento. Estudar o envelhecimento canino, portanto, é algo que envolve amor pelos nossos pets, pela nossa espécie e também por tudo que envolve ciência e tecnologia de ponta. Nós estamos aqui para compartilhar tudo isso em primeira mão com você.
Dia da Ciência e Tecnologia: 16 de Outubro

No dia 16 de outubro, celebramos o Dia da Ciência e Tecnologia, uma data criada para reconhecer os grandes avanços que moldaram a história da humanidade e para incentivar novas descobertas científicas. Desde as primeiras invenções, como ferramentas de pedra e ossos, até a descoberta do fogo — que proporcionou cozimento de alimentos, aquecimento, proteção e a primeira forma de iluminação — a ciência sempre esteve no centro do progresso humano (e no animal). Essa data também serve como um lembrete do compromisso contínuo com o desenvolvimento científico. A ciência, que teve suas raízes na Grécia antiga, onde os primeiros métodos científicos começaram a tomar forma, hoje é uma força motriz para a evolução da sociedade moderna. Hoje em dia, empresas como a PetMoreTime já nasceram “ciência”. A PetMoreTime e o Compromisso com a Ciência Na PetMoreTime, a ciência está no coração de tudo o que fazemos. Desde a nossa fundação, nosso compromisso com a ciência e a tecnologia nos impulsiona a oferecer soluções inovadoras que melhorem a saúde e a longevidade dos cães. Nosso protocolo vai além das prescrições veterinárias tradicionais. Através de tecnologia proprietária, damos aos veterinários as ferramentas para tomar decisões baseadas em dados confiáveis e personalizados. Aqui estão algumas das inovações que oferecemos: Fórmulas Personalizada Cada cão é único, e é por isso que a PetMoreTime oferece fórmulas personalizadas. Com base em uma análise individual, nossas prescrições, contendo fármacos pró-longevidade e nutracêuticos, são ajustadas para atender às necessidades específicas de cada paciente, garantindo um tratamento eficaz e sob medida. Exames Epigenéticos A longevidade saudável é o nosso foco, e o acompanhamento de marcadores de envelhecimento é essencial para ajustar as prescrições ao longo do tempo. Disponibilizamos testes epigenéticos que monitoram o processo de envelhecimento canino, permitindo um acompanhamento personalizado e contínuo, ajustado às necessidades específicas de cada cão. Coleira Inteligente Fazemos uso tecnologia utilizando coleira inteligente que funciona como um “smart watch” para cães, monitorando os dados vitais e biométricos em tempo real. Isso permite uma supervisão mais precisa e informada do estado de saúde do cão, facilitando ajustes no tratamento quando necessário. Algoritmo para Apoio à Decisão Contamos com um algoritmo proprietário que oferece suporte aos veterinários desde o início do protocolo. Esse algoritmo analisa dados para ajudar a determinar dosagens e frequências de tratamentos, sempre respaldado por referências científicas. Comunidade Integrada A PetMoreTime também está construindo uma comunidade de profissionais dedicados à longevidade canina, promovendo a troca de experiências e suporte no desenvolvimento de novas pesquisas e estudos. Nada disso era possível há alguns anos atrás. Ciência e tecnologia unidas, hoje, podem nos oferecer mecanismos que reduzem o impacto do envelhecimento canino, promovendo mais tempo com qualidade de vida aos cães, principalmente em seu terceiro ciclo de vida. Portanto, neste dia dedicado a união destes dois universos, gostaríamos de convidá-lo a visitar o nosso site e saber mais sobre a PetMoreTime. Nossos produtos estarão disponíveis ao mercado em breve. Acesse aqui.
Longevidade canina: ciência que prolonga a qualidade de vida de pets pode retardar os sintomas da velhice em humanos

Por Matt Kaeberlein Publicação Original: Época Negócios Compreender melhor os mecanismos de envelhecimento por meio da pesquisa em cães pode levar a intervenções mais eficazes e econômicas que prolonguem a boa saúde na velhice Não é de hoje que a longevidade é um desejo da humanidade. O sonho de Peter Pan, daquela jovialidade eterna, nos estimula a querermos viver mais e melhor. Mas o tão almejado “jovem para sempre” está longe de ser uma realidade. E é nesse contexto que a ciência avança, para proporcionar mais saúde, mobilidade, cognição e, por consequência, o retardo dos sintomas da velhice. Esse “passar de anos” reflete não só para nós, humanos. Como todo e bom melhor amigo, os cães estão ao nosso lado também nesse momento, sofrendo das mesmas consequências da degeneração celular. É justamente por eles conviverem no mesmo ambiente que nós e responderem de forma muito parecida à chegada da melhor idade que é valiosa a ciência que apoia a longevidade canina, que pode também revolucionar nossa compreensão sobre viver mais e melhor. O estudo da longevidade canina envolve uma análise profunda dos processos biológicos que impactam o envelhecimento, como genética e variáveis ambientais, por exemplo. Assim como com os humanos, cada cão é único e exibirá sinais de velhice diferentes ao atingir o status de idoso. Alguns apresentarão mudanças físicas, como lentidão, olhos turvos e sentidos letárgicos. Outros podem apresentar mudanças comportamentais, como aumento de ansiedade ou desorientação. A singularidade surge até mesmo nas raças. Cães maiores, como os dogues alemães, parecem envelhecer mais rápido e se tornam idosos já aos seis ou sete anos, enquanto cães menores podem levar nove ou dez anos para começar a mostrar sinais. Então, se pudermos entender melhor como o corpo envelhece, podemos investigar intervenções que ajudem a retardar o processo de envelhecimento, que podem variar desde uma pílula antienvelhecimento até mudanças no estilo de vida. Por isso cães de estimação se tornam um modelo comparativo precioso por três motivos que abordarei separadamente nestes mais de dez anos estudando a longevidade canina: nossa biologia compartilhada, ambiente em comum e vida útil significativamente mais curta. Cães e humanos compartilham mais de 17 mil genes especiais chamados ortólogos. Cada par de ortólogos é derivado do mesmo ancestral comum por descendência vertical (espécies) e tende a ter funções semelhantes. Temos inúmeras semelhanças até mesmo nos genes. Por vezes, os efeitos são idênticos, como é o caso da EPAS1, um gene desencadeado por condições de baixo oxigênio. Pessoas que vivem no Planalto Tibetano e as linhagens de cães que se desenvolveram lá possuem a mesma mudança genética neste gene, que ocorreu para ajudar nas respostas do corpo aos baixos níveis de oxigênio em grandes altitudes. Também temos genes parecidos, que não são idênticos, mas influenciam a saúde e a longevidade. A título de exemplo, podemos observar a variação nos genes que regulam o fator de crescimento, semelhante à insulina 1 (IGF1), que intervêm no tamanho corporal e no risco de câncer em cães e humanos. Esta via também é um regulador crítico da longevidade em todo o reino animal. Compreender essas conexões genéticas ajuda a estudar e, potencialmente, tratar condições de saúde compartilhadas entre espécies.
A Nova Ciência da Longevidade: Revolução na Saúde e Envelhecimento

A Nova Ciência da Longevidade está revolucionando a forma como entendemos o envelhecimento e o cuidado com a saúde. Com base em estudos de gerociência, essa abordagem analisa os mecanismos biológicos do envelhecimento, propondo intervenções que não apenas aumentam a expectativa de vida, mas também melhoram a qualidade de vida. Neste post, exploramos as inovações mais recentes e as tendências que prometem transformar a saúde humana e animal. Em agosto de 2024, nosso cofundador e cientista chefe, Dr Matt Kaeberlein, esteve presente na PetVet, evento dedicado ao setor veterinário, para compartilhar seus conhecimentos a respeito da ciência da longevidade. Logo abaixo você consegue conferir a palestra completa e para acessar as legendas, basta acioná-las diretamente no player do YouTube. Gerociência: O Estudo do Envelhecimento Biológico A gerociência investiga como o envelhecimento afeta a saúde e como podemos intervir para promover uma longevidade saudável. Em vez de tratar doenças isoladamente, essa ciência busca compreender os processos biológicos subjacentes que afetam múltiplas doenças ao mesmo tempo. Uma ideia central dessa abordagem é a diferença entre idade cronológica (anos de vida) e idade biológica (condição de saúde do organismo). Fatores como genética e ambiente influenciam o envelhecimento de cada indivíduo, e entender essa dinâmica é essencial para intervenções personalizadas. O conceito de Medicina 4.0 marca uma mudança significativa no cuidado com a saúde, migrando de um modelo reativo para um preventivo. Enquanto a Medicina 2.0 se concentrava no tratamento de doenças isoladas, a Medicina 3.0 e 4.0 priorizam estratégias personalizadas e preventivas que buscam manter a saúde ao longo da vida, tanto em humanos quanto em animais. Essa mudança é crucial, dado o aumento de doenças crônicas. Nos Estados Unidos, cerca de 60% da população convive com ao menos uma doença crônica, enquanto no Brasil esse número é de aproximadamente 45%. Isso destaca a importância de estender a saúde, e não apenas a vida — um conceito chamado de healthspan. Longevidade: Da Ciência à Prática Os avanços em gerociência indicam que modular o envelhecimento biológico pode ser mais eficaz do que tratar doenças de forma isolada. Por exemplo, curar o câncer pode aumentar a expectativa de vida de uma mulher de 50 anos em cerca de três anos. No entanto, intervenções que atuam na biologia do envelhecimento poderiam adicionar até três décadas à sua vida. O impacto dessa ciência se estende também para os animais. Estudos com cães, como o Dog Aging Project, sugerem que tratamentos baseados na modulação do envelhecimento podem aumentar não apenas a longevidade, mas também a qualidade de vida dos nossos companheiros. A Nova Ciência da Longevidade promete transformar a forma como lidamos com o envelhecimento, tanto em humanos quanto em animais. Ao priorizar intervenções preventivas e personalizadas, estamos caminhando para um futuro onde viver mais significará também viver melhor. A combinação de tecnologia, inteligência artificial e inovação científica abre um leque de possibilidades para estender o healthspan e garantir uma vida longa, saudável e plena. Se você se interessa por avanços na longevidade e saúde, continue acompanhando nosso blog e compartilhe este conteúdo! Juntos, podemos disseminar o conhecimento e melhorar a qualidade de vida dos seres humanos e animais ao nosso redor.
Longevidade Canina: Aprendizados do Dog Aging Project

A longevidade canina é um tema que desperta cada vez mais interesse de tutores e especialistas. O Dog Aging Project, também cofundado pelo Dr. Matt Kaeberlein, nosso cientista chefe e cofundador, é um dos maiores estudos do mundo voltado para o envelhecimento de cães, tem contribuído significativamente para entender como melhorar a saúde e a expectativa de vida dos nossos companheiros de quatro patas. Recentemente, o Dr. Matt esteve presente no evento veterinário PetVet, onde palestrou apresentando o projeto e seus impactos na inovação na medicina veterinária. Abaixo você pode conferir todo o conteúdo da palestra, na íntegra. As legendas em português estão disponíveis, basta acioná-las diretamente no YouTube. O Que é o Dog Aging Project? O Dog Aging Project é um estudo colaborativo envolvendo mais de 53 mil cães, com o objetivo de compreender o processo de envelhecimento e propor intervenções que aumentem a longevidade canina. A pesquisa reúne uma equipe multidisciplinar de mais de 100 cientistas e veterinários, analisando tanto dados genéticos quanto fatores ambientais e biológicos. O que torna este projeto único é a combinação entre a ciência do envelhecimento humano e canino, permitindo que descobertas feitas com cães possam ser aplicadas também na saúde humana e vice-versa. Como cães envelhecem mais rápido, os cientistas conseguem observar as mudanças ao longo do tempo de forma mais eficiente.
Remédio que pode prolongar vida de cães será testado no Brasil

“Os cachorros têm um lugar especial no meu coração”, afirma Matt Kaeberlein, biólogo e biogerontologista estadunidense que coordena as atividade do Dog Aging Project, o maior grupo de estudos sobre longevidade canina no mundo. Em atividade há 10 anos, o projeto já beneficiou mais de 50 mil cães nos Estados Unidos e, por isso, virou inspiração para a mais nova iniciativa brasileira voltada a melhorar o envelhecimento de cães nos Estados Unidos e, por isso, virou inspiração para a mais nova iniciativa brasileira voltada a melhorar o envelhecimento de cães. Trata-se do Programa Avançado de Mitigação do Envelhecimento Canino (Pamec), um projeto liderado pela biotech brasileira PetMoreTime que estará sob a orientação de Kaeberlein. A iniciativa estudará cães policiais, por meio de protocolos que associam o uso de medicamentos a um estilo de vida saudável. Entre os principais destaques do projeto está a utilização da rapamicina. Continue Lendo em Veja Saúde