Um estudo conduzido pelo Projeto de Envelhecimento Canino (Dog Aging Project), envolvendo mais de 21.000 cães, descobriu uma correlação significativa entre o apoio social e a melhoria do bem-estar geral dos cães. A pesquisa, liderada por Noah Snyder-Mackler, professor assistente da Escola de Ciências da Vida da ASU, em colaboração com estudantes de mestrado e doutorado, analisou detalhadamente as respostas de uma pesquisa com proprietários de cães, abrangendo um total de 21.410 cães.
Os resultados indicaram que o ambiente social e físico em que os cães vivem pode influenciar significativamente o envelhecimento, a saúde e a sobrevivência. A pesquisa revelou que a rede de apoio social do cão é o fator mais influente na melhoria dos resultados de saúde, superando condições financeiras, estabilidade doméstica ou idade do proprietário.
Fatores como adversidade financeira e doméstica foram associados a uma saúde mais precária e mobilidade física reduzida, enquanto uma maior companhia social, como viver com outros cães, estava associada a uma melhor saúde. Curiosamente, o estudo também descobriu que o tempo gasto com crianças tinha um efeito negativo na saúde dos cães, sugerindo que isso pode levar a menos tempo dedicado aos “filhos peludos”. Além disso, cães de famílias com maior renda foram diagnosticados com mais doenças, provavelmente devido ao acesso mais fácil a cuidados veterinários.
Snyder-Mackler e sua equipe agora planejam explorar como esses fatores externos afetam a saúde dos cães em um nível fisiológico, com uma subseção de cães sendo estudada mais de perto para entender melhor essas conexões.
Este estudo sublinha a importância do ambiente social na saúde dos cães e espelha as descobertas semelhantes em humanos, destacando a necessidade de se concentrar mais na influência do ambiente social na saúde e na doença, e investigar como cada fator ambiental pode contribuir para anos mais saudáveis de vida tanto em cães quanto em humanos.