Assim como nós, os cães também passam por um processo natural de envelhecimento.. O envelhecimento canino vai muito além dos sinais visíveis, como pelos brancos ou a diminuição de energia; trata-se de uma série de alterações internas e externas que afetam a saúde geral do animal, impactando múltiplos sistemas do corpo.
Entender o que é o envelhecimento canino e reconhecer os sinais que ele apresenta é essencial para garantir que seu cão receba os cuidados adequados e envelheça com saúde e qualidade de vida.
Neste artigo, abordaremos os principais sinais do envelhecimento em cães, o que você pode fazer para ajudar seu pet a envelhecer melhor e quais cuidados especiais são necessários durante essa fase.
Como funciona o Envelhecimento Canino?
O envelhecimento canino é um processo biológico natural que afeta o corpo e a mente do cão à medida que ele avança em idade.
À semelhança de outros mamíferos, o organismo do cão passa por uma série de mudanças degenerativas, que resultam na perda progressiva de funções fisiológicas.
O envelhecimento afeta múltiplos sistemas corporais, incluindo o cardiovascular, o musculoesquelético, o nervoso e o imunológico.
Os fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida influenciam a forma como o cão envelhece. O declínio celular e a capacidade reduzida de regeneração tornam o animal mais vulnerável a doenças relacionadas à idade, como problemas cardíacos, artrite, perda de visão e audição, e disfunções cognitivas
Compreender como o envelhecimento funciona é crucial para cuidar melhor dos cães idosos e garantir sua qualidade de vida.
Quais são os sinais de um cachorro idoso?
À medida que o cão envelhece, vários sinais começam a surgir. Reconhecer esses sinais é essencial para adaptar os cuidados e garantir o bem-estar do animal. Aqui estão alguns dos principais sinais de envelhecimento em cães:
Dificuldade de Movimentar
Cães idosos podem apresentar dificuldade para subir escadas, pular no carro ou levantar-se após um descanso. A mobilidade reduzida, como fraqueza nas patas traseiras, pode indicar artrite ou outras condições degenerativas. Ajustar o nível de atividade física com caminhadas mais curtas ou exercícios de baixo impacto, como natação, pode ajudar.
Letargia
A redução de energia é comum em cães mais velhos. Eles tendem a dormir mais e a se cansar com mais facilidade durante atividades que antes eram feitas sem esforço. A letargia pode ser um sinal natural do envelhecimento, mas também pode estar associada a doenças como problemas cardíacos ou disfunções hormonais.
Dificuldade de Enxergar
Com o tempo, os olhos do cão podem ficar mais embaçados e a visão pode deteriorar. Isso pode resultar em acidentes, como esbarrar em objetos ou dificuldade para encontrar itens familiares.
A turvação ocular pode ser sintoma de catarata canina ou outras condições oculares.
Perda Auditiva
A audição também diminui à medida que os cães envelhecem. Um cachorro que não responde mais ao chamado do dono ou parece desorientado em ambientes ruidosos pode estar sofrendo de perda auditiva, algo muito comum na velhice.
Pelos Grisalhos
Assim como nos humanos, os pelos dos cães podem começar a ficar grisalhos, especialmente ao redor do focinho e das patas. Embora seja um dos sinais mais visíveis de envelhecimento, é apenas uma parte do processo geral de envelhecimento.
Outros sinais do envelhecimento canino
Além dos sinais mencionados, existem outros indícios que podem apontar para o envelhecimento de seu cão:
- Mobilidade reduzida: Dificuldade para caminhar ou se levantar.
- Perda de apetite: A falta de interesse por comida pode sinalizar problemas de saúde.
- Mudanças de peso: O ganho ou perda significativa de peso pode ser um sintoma de problemas metabólicos ou digestivos.
- Caroços e protuberâncias: O aparecimento de nódulos, que devem ser avaliados por um veterinário.
- Incontinência: Dificuldades para urinar ou defecar podem indicar problemas renais ou infecções.
Cuidar de um cão idoso envolve entender e tratar esses sinais com o acompanhamento adequado de um veterinário. A detecção precoce e os cuidados personalizados de envelhecimento canino podem garantir que seu cão envelheça com saúde e bem-estar.
A partir de qual idade o cachorro é considerado velho?
A idade em que um cachorro é considerado idoso varia conforme seu porte, raça e condições individuais. De acordo com o relatório da Zoetis, a média de idade em que os cães entram na fase idosa é:
- Cães até 9 kg: Considerados idosos por volta dos 10 a 11 anos.
- Cães entre 9,5 kg e 22,7 kg: Envelhecem a partir dos 9 a 10 anos.
- Cães entre 23 kg e 41 kg: Entram na fase idosa por volta dos 8 a 9 anos.
- Cães acima de 40,8 kg: São considerados idosos a partir dos 7 a 8 anos.
Essas variações estão diretamente relacionadas ao porte do animal, com cães maiores envelhecendo mais rápido do que os menores. Além disso, fatores como a genética, alimentação, estilo de vida e cuidados veterinários desempenham um papel importante na qualidade de vida durante a velhice.
Expectativa média de vida de cada raça de cachorro
Em média, os cães vivem entre 10 a 13 anos, mas essa expectativa de vida pode ser bastante diferente dependendo do tamanho e das características específicas de cada cão. Fatores como genética, cuidados veterinários e estilo de vida também influenciam diretamente no processo de envelhecimento.
- Cães de grande porte, como Labradores, Golden Retrievers e Pastores Alemães, tendem a envelhecer mais cedo e viver por volta de 8 a 12 anos. Esses cães passam por um rápido crescimento e são mais suscetíveis a doenças, como displasia de quadril e problemas cardíacos, além de estarem mais propensos ao câncer. Por exemplo, um São Bernardo, devido ao seu porte imponente, costuma ter uma vida mais curta, enquanto Labradores podem viver um pouco mais, já que são menos predispostos a doenças graves.
- Cães de pequeno porte, como Chihuahuas, Poodles e Shih Tzus, costumam envelhecer mais lentamente e viver por volta de 12 a 15 anos, com alguns alcançando até 18 anos. O Shih Tzu, por exemplo, pode viver em média até 11 anos. Esses cães menores, por terem um crescimento mais lento e, em geral, menos problemas de saúde graves, tendem a ter uma vida mais longa.
Embora o porte seja um fator determinante para o processo de envelhecimento, o ambiente e os cuidados que o cão recebe ao longo da vida também desempenham um papel importante para prolongar a saúde e bem-estar na fase idosa.
Como prolongar a vida do seu cachorro?
Prolongar a vida do seu cão envolve cuidados contínuos que vão além do básico. Garantir que seu cão tenha uma vida saudável e longa requer uma combinação de exercícios, alimentação adequada, monitoramento veterinário e, claro, tratamentos especializados.
Aqui estão algumas maneiras eficazes de aumentar a expectativa de vida do seu pet e mitigar efeitos do envelhecimento canino:
Pratique exercícios físicos regularmente
Manter seu cão ativo é uma das maneiras mais importantes de garantir uma vida saudável. O exercício físico ajuda a controlar o peso, fortalecer os músculos e articulações, além de melhorar o sistema cardiovascular.
Seja através de caminhadas diárias, brincadeiras no parque ou natação, é fundamental adaptar os exercícios à idade e porte do cão para evitar sobrecarga. Cães idosos podem se beneficiar de atividades de baixo impacto, como caminhadas curtas ou natação.
Ofereça uma alimentação nutritiva, de acordo com a idade
Uma dieta balanceada e nutritiva é essencial para prolongar a vida do seu cachorro. À medida que os cães envelhecem, suas necessidades nutricionais mudam. Ofereça alimentos que atendam às exigências da idade, com a quantidade adequada de proteínas, vitaminas e minerais.
Alimentos formulados para cães idosos são especialmente importantes, pois contêm nutrientes que ajudam a manter a saúde das articulações, melhorar a digestão e prevenir o ganho de peso.
Evite excessos e garanta que a alimentação seja adequada para o porte e estado de saúde do seu cão.
Faça consultas regulares com veterinários
Consultas veterinárias regulares são fundamentais para monitorar a saúde do seu cão, especialmente à medida que ele envelhece.
Essas visitas permitem a detecção precoce de problemas de saúde, como doenças cardíacas, artrite ou disfunções renais, que são comuns em cães idosos. O acompanhamento frequente também possibilita ajustes na dieta e nos exercícios, além da administração de medicamentos preventivos ou corretivos.
O ideal é fazer um check-up veterinário pelo menos duas vezes por ano para cães mais velhos.
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