Hipotireoidismo em Cães: Raças, Sintomas e Tratamentos

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O hipotireoidismo, em cães, ocorre quando a glândula da tireoidenão está produzindo a quantidade suficiente de hormônios, principalmente o T3 e o T4. Essa doença, também comum em humanos, é comum em cachorros, especialmente em cães de raça com pré-disposição à doença, como por exemplo Golden Retriever, Doberman, Pinscher Standard, Terrier Tibetano, Boxer e Malamute do Alasca. Se você desconfia que seu cão possa estar com hipotireoidismo, leve-o ao veterinário assim que possível. Se não for tratado em tempo hábil, o cão pode entrar em coma mixedematoso – uma emergência que causa hipotermia, pressão baixa e pode ser fatal. Quais os sintomas de hipotireoidismo em cães? O hipotireoidismo é um problema hormonal que afeta muitos cães, especialmente de meia-idade a idosos. Ele acontece quando a tireoide, uma glândula localizada no pescoço, produz hormônios em menores quantidades do que o necessário. Esses hormônios são responsáveis por controlar o metabolismo do corpo. Os sintomas mais comuns são: Cansaço e apatia O cão fica mais parado, dorme muito e perde o interesse por brincadeiras e caminhadas. Ganho de peso sem comer mais Mesmo comendo a mesma quantidade, o cão engorda com facilidade. Intolerância ao frio O pet sente mais frio que o normal e busca lugares quentinhos. Problemas de pele e pelos Queda de pelos (principalmente nas laterais do corpo e na cauda), pelos mais secos e quebradiços, pele escura ou com aspecto oleoso, além de infecções de pele frequentes. Alterações neurológicas (mais raras) Alguns cães podem ter fraqueza nas pernas, andar arrastando as patas ou até apresentar crises convulsivas. Se o seu cachorro tem vários desses sintomas, o ideal é procurar um veterinário. Causas do hipotireoidismo em cães O hipotireoidismo pode ter diferentes causas, mas em mais de 90% dos casos, o problema é da própria glândula tireoide (chamado de hipotireoidismo primário). As principais causas são: O próprio sistema imunológico do cão ataca a tireoide, destruindo suas células. A glândula vai diminuindo e perdendo a capacidade de produzir hormônios. Em casos mais raros, o problema pode vir de outra região do cérebro (hipófise), que é quem “dá o comando” para a tireoide funcionar (hipotireoidismo secundário). Uma pesquisa destacou que o risco de ter hipotireoidismo em cães aumenta com a idade, com cachorros de 11 a 13 anos tendo 4,54 vezes mais risco de hipotireoidismo versus cães de 5 a 7 anos. Além disso, esse risco cresce quando o peso corporal desses cães aumenta. Como o veterinário diagnostica o hipotireoidismo? O diagnóstico é feito com base nos sintomas e em exames de sangue específicos. Os principais exames são: O veterinário também pode pedir exames complementares, como hemograma e perfil de colesterol. Como tratar o hipotireoidismo em cachorro? O tratamento é simples e costuma trazer ótimos resultados. Consiste em dar ao cão um hormônio sintético chamado levotiroxina, que substitui o que a tireoide deixou de produzir. Como é a medicação? A levotiroxina é dada via oral, geralmente duas vezes ao dia, pelo resto da vida. Quando aparecem os resultados? Os primeiros sinais de melhora surgem após 2 a 4 semanas de tratamento. O cão volta a ter energia, o apetite e o humor melhoram, e os pelos começam a crescer de novo em algumas semanas. O veterinário fará exames de controle regularmente para ajustar a dose e garantir que o tratamento esteja funcionando. O hipotireoidismo em cães tem cura? O hipotireoidismo não tem cura definitiva, mas com o tratamento certo, o cão pode ter uma vida completamente normal e saudável. Basta seguir corretamente a medicação e fazer os acompanhamentos veterinários. Interromper o tratamento pode fazer os sintomas voltarem, então é importante manter o cuidado ao longo da vida. Raças com maior risco de Hipotireoidismo O hipotireoidismo é mais comum em cães de porte médio a grande, mas algumas raças têm predisposição genética à doença. As mais afetadas incluem: Estudos confirmam que essas raças têm risco acima da média, enquanto cães de pequeno porte (como Pug, Bulldog Francês e Yorkshire Terrier) e SRDs (vira-latas) são menos afetados. O que é a Síndrome de Cushing em cachorro? (E como diferenciar do hipotireoidismo) A Síndrome de Cushing, também chamada de hiperadrenocorticismo, é uma doença hormonal que afeta a produção de cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”. Enquanto o hipotireoidismo acontece por falta de hormônios da tireoide, o Cushing é causado pelo excesso de cortisol no organismo. Esse excesso pode ocorrer por duas razões principais: a mais comum é um problema na hipófise, uma glândula no cérebro que começa a estimular demais as glândulas adrenais.  A outra possibilidade, menos frequente, é a presença de um tumor nas próprias adrenais, que faz com que elas produzam cortisol em excesso por conta própria. Os sintomas do Cushing também afetam o metabolismo e a pele dos cães, mas de forma bem diferente do hipotireoidismo.  Os cães com Cushing costumam ter muita sede e urinar em grande quantidade, a ponto de, muitas vezes, não conseguirem segurar o xixi. Também é comum o animal ter fome exagerada, ficando obcecado por comida. Outro sinal típico é a barriga inchada e flácida, chamada de abdômen pendular, que acontece por fraqueza muscular e acúmulo de gordura na região abdominal. Na pele e na pelagem, o cão com Cushing costuma apresentar queda de pelos generalizada, pele mais fina e frágil (facilmente machuca e forma hematomas), além de maior predisposição a infecções de pele. É comum os tutores perceberem que o cão está mais ofegante mesmo em repouso, por conta dos efeitos do cortisol no sistema respiratório. Por serem doenças hormonais que afetam a pele e o peso, muitas vezes o Cushing e o hipotireoidismo podem ser confundidos.  Mas, de forma geral, o cão com hipotireoidismo fica lento e ganha peso “sem comer mais”, enquanto o cão com Cushing fica agitado, come muito, bebe muita água e urina muito. Além disso, o abdômen distendido e a pele fina são características mais típicas do Cushing. O diagnóstico correto só pode ser feito pelo veterinário, através de exames hormonais específicos.  Por isso, se o seu cão apresenta sintomas

Descubra qual raça de cachorro vive mais

Descubra qual raça de cachorro vive mais

Novas pistas sobre longevidade canina e o que você pode fazer para dar mais tempo de qualidade ao seu pet Uma análise inédita com mais de 500 mil cães monitorados no Reino Unido acaba de atualizar o ranking das raças que vivem por mais tempo – e, de quebra, reforça cuidados essenciais que todo tutor deve adotar.  A pesquisa, liderada pela cientista de dados Kirsten McMillan e publicada na Scientific Reports em 2024, revela que tamanho corporal, formato do focinho e sexo pesam muito na expectativa de vida canina. Depois de peneirar meio milhão de prontuários, a equipe encontrou uma mediana geral de 12,5 anos para todos os cães – mas as curvas se separam logo depois do primeiro decimal. Raças puras agora saem ligeiramente na frente dos cruzamentos: 12,7 anos contra 12,0 anos, diferença estatisticamente significativa.  Esse dado surpreende porque contraria a velha crença no “vigor híbrido” que, em teoria, protegeria mestiços de genes ruins. O sexo continua fazendo pequena diferença: fêmeas chegam a 12,7 anos, machos ficam em 12,4 anos. Já o porte confirma a lógica biomecânica: cães pequenos vivem cerca de 12,7 anos, médios 12,5 e grandes 11,9 anos.  Mas o formato do focinho impõe um corte ainda mais visível: braquicefálicos, mesmo entre pequenos e médios, ficam em 11,2 anos, quase 1,5 ano abaixo da média global Qual raça de cachorro vive mais? Na ponta da vitalidade, aparecem raças pequenas de focinho longo ou intermediário. A campeã absoluta é o Lancashire Heeler (15,4 anos), seguido pelo Tibetan Spaniel (15,2 anos) e pelo Shiba Inu (14,6 anos). Logo atrás vêm Papillon, Lakeland Terrier, Schipperke, Border Terrier, Italian Greyhound e Dachshund Miniatura, todos com medianas de 14 anos ou pouco mais e riscos de morte precoce 30–50 % menores que a referência de cruzados  No extremo oposto estão raças gigantes ou braquicefálicas pesadas. O pior resultado ficou com o Caucasian Shepherd Dog (5,4 anos), seguido de Presa Canario (7,7) e Cane Corso (8,1). Mastiffs em geral, São Bernardo e Bloodhound não passam muito de 9 anos, enquanto Bulldog Inglês e Bulldog Francês, apesar de menores, estacionam na mediana de 9,8 anos, com riscos de morte precoce até 2,2 vezes maiores que um cão cruzado médio  Como fazer seu cão viver mais?  Se por um lado a genética coloca algumas cartas na mesa, por outro, nosso estilo de cuidado pode virar o jogo — e não estamos falando de nenhum segredo guardado a sete chaves.  Check-ups regulares A lição número um é manter check-ups regulares. Um cão saudável e jovem deve visitar o veterinário pelo menos uma vez por ano; já adultos idosos ou braquicefálicos merecem uma avaliação semestral, para flagrar cedo alterações cardíacas, respiratórias ou dentárias.  Saúde Bucal Nesse ponto, convém lembrar que a saúde bucal, muitas vezes subestimada, tem impacto direto nas demais: gengivite crônica e acúmulo de tártaro podem desencadear bactérias na corrente sanguínea, prejudicando fígado, rins e coração.  Escovar os dentes do seu cão algumas vezes por semana e investir em brinquedos mastigáveis que auxiliam na limpeza natural são atitudes simples, mas poderosas. Alimentação saudável A alimentação vem logo em seguida como pilar de longevidade. Rações premium balanceadas, dietas naturais formuladas por nutricionistas veterinários ou combinações das duas abordagens reduzem o risco de obesidade e fornecem antioxidantes que combatem o envelhecimento celular.  Petiscos ultraprocessados, ricos em sódio e corantes, devem ser exceção, não regra. Alguns tutores, temendo “agradar” o cão, oferecem restos de mesa ou pãozinho na padaria,  mas é justamente essa prática que abre a porta para diabetes, sobrepeso e pancreatite — doenças que encurtam a vida e pioram drasticamente o bem-estar do animal. Exercício físico  O terceiro pilar é o exercício físico, adaptado a idade, clima e condição individual.  Cães atléticos como Border Collies ou Whippets precisam de sessões diárias de corrida moderada para manter a musculatura em forma e gastar energia mental; já Buldogues, Pugs e cães idosos se beneficiam mais de caminhadas curtas em horários frescos, combinadas a momentos de estimulação cognitiva, como brinquedos de estratégia ou adestramento leve.  O importante é encontrar o ponto de equilíbrio entre cansaço saudável e sobrecarga. Mesmo para raças que não nasceram para maratonar, o movimento cotidiano previne artrose, mantém a pressão arterial sob controle e libera endorfinas que combatem depressão e ansiedade canina — sim, eles também sentem! Gerenciamento de peso Por fim, mas não menos decisivo, está o gerenciamento de peso.  Um estudo da Universidade de Liverpool calculou que cães acima do peso ideal podem perder até dois anos de expectativa de vida em comparação a cães magros. E não é só o relógio que corre mais rápido: a qualidade desses anos extras também despenca, porque o excesso de gordura pressiona as articulações, acelera a degeneração cardíaca e piora patologias respiratórias preexistentes. Aqui, a orientação do veterinário é imprescindível para ajustar porções, escolher dietas de controle calórico e instituir atividades físicas seguras. Por fim… A pesquisa reforça verdades que, no fundo, todos nós conhecemos instintivamente: assim como entre os humanos, viver muito não é obra do acaso ou de uma fonte da juventude escondida no quintal, e sim o resultado de uma combinação de genética razoavelmente favorável com atitudes diárias consistentes.  Raças como Lancashire Heeler, Spaniel Tibetano e Dachshund Miniatura contam, sim, com uma vantagem biológica — mas essa vantagem se concretiza apenas quando recebe combustível de qualidade, revisões periódicas no veterinário e a dose certa de movimento e afeto. Portanto, se você quer que seu cãozinho não apenas some anos ao calendário, mas permaneça correndo atrás da bolinha, abanando o rabo e distribuindo lambidas em seus velhos e bons 12, 14 ou mesmo 16 anos de idade, a receita está ao seu alcance: prevenção, equilíbrio na dieta e exercícios, além de atenção redobrada às particularidades da raça que mora na sua casa.

Doença de Cushing em Cães: Sintomas, Tratamentos e mais

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A doença de Cushing, também conhecida como síndrome de Cushing ou hiperadrenocorticismo, é uma condição grave que pode afetar profundamente a saúde e o bem-estar dos nossos amigos de quatro patas. Ela é causada pelo excesso de cortisol no organismo do cão, um hormônio importante, mas que em grande quantidade pode causar diversos problemas. O que é a doença de Cushing em cães? A doença de Cushing ocorre quando o corpo do cão produz cortisol em excesso. O cortisol é um hormônio ligado ao estresse, que regula várias funções do organismo, como metabolismo, sistema imunológico e pressão arterial. Quando ele está desregulado, pode levar a sintomas diversos e graves. Sintomas da doença Os sintomas costumam aparecer de forma lenta e sutil, mas com o tempo se tornam mais evidentes: Se seu cão apresentar dois ou mais desses sinais, procure um veterinário. Causas da doença de Cushing em cães As causas mais comuns incluem: Em geral, os tumores são benignos, mas mesmo assim causam desregulações hormonais importantes. Raças com maior predisposição Algumas raças têm maior chance de desenvolver a doença: Cães com mais de 6 anos também são mais propensos. Como é feito o diagnóstico? O veterinário fará exames clínicos e laboratoriais: Tratamentos para doença de Cushing em cães Tratamento medicamentoso É o mais comum, feito com remédios como trilostano ou mitotano, que controlam a produção de cortisol. O tratamento costuma ser vitalício e requer acompanhamento frequente. Cirurgia Indicada principalmente em casos de tumor adrenal localizado. A cirurgia pode curar o cão, mas é delicada e feita apenas em centros especializados. Cuidados com Cushing iatrogênico Envolve reduzir ou parar o uso de corticoides de forma gradual, sempre com orientação veterinária. Cuidados diários Expectativa de vida de um cão com Cushing Com tratamento adequado, muitos cães vivem bem por 2 a 4 anos após o diagnóstico. Alguns vivem tanto quanto viveriam sem a doença, especialmente se o controle for eficaz. Riscos e complicações se não tratada Sem tratamento, a doença pode causar: Dúvidas frequentes Quais os principais sintomas? Sede e fome muito grandes, queda de pelos, barriga inchada, urina frequente, fraqueza e mudanças de comportamento. Quanto tempo vive um cão com Cushing? Cerca de 2 a 4 anos após o diagnóstico, mas pode viver mais se bem tratado, dependendo da condição do cachorro. Tem cura? Depende. Em casos de tumor adrenal removido com sucesso, pode haver cura. Nos demais, o tratamento é para controle. Cães com Cushing sofrem? Infelizmente isso dependerá da condição do cão e da gravidade dos sintomas. Com tratamento adequado, a qualidade de vida pode ser muito boa. Como prevenir a doença de Cushing em cães Infelizmente, não há uma forma garantida de prevenir todos os tipos da doença de Cushing, já que muitas vezes ela está relacionada a fatores genéticos ou ao envelhecimento natural.  No entanto, algumas atitudes podem ajudar a reduzir os riscos ou favorecer um diagnóstico precoce: A doença de Cushing é séria, mas com acompanhamento veterinário e os cuidados certos, é possível oferecer ao seu cão uma vida feliz. Se você notou sintomas, procure ajuda especializada o quanto antes. O amor e a dedicação do tutor fazem toda a diferença!

Como cortar unha de cachorro?

Como cortar unha de cachorro

Manter as unhas do seu cão vai além da questão estética – trata-se de uma questão de saúde e conforto. Da mesma forma que precisamos cortar nossas unhas regularmente, os cães também necessitam desse cuidado para viver com conforto e prevenir complicações graves. As unhas longas podem parecer apenas um pormenor, mas na realidade representam vários perigos. Quando se tornam muito grandes e começam a tocar o chão a cada passo, exercem uma pressão contínua sobre os dedos e as articulações do animal.  Ao longo do tempo, isso pode resultar em dores, alterações na postura e até mudanças duradouras na maneira de caminhar.  Ademais, unhas compridas diminuem o contato das almofadas das patas, conhecidas como coxins, com o chão.  Essa ausência de aderência afeta o equilíbrio do seu cão, levando-o a deslizar mais facilmente, principalmente em superfícies lisas. Em situações mais sérias, as unhas do animal podem se dobrar e perfurar suas próprias patas, provocando lesões dolorosas e perigo de infecção.  É importante lembrar do ergôt – o “dedinho extra” que muitos cães possuem nas patas da frente.  Devido ao seu crescimento rápido, essa unha pode se enroscar em tecidos ou até mesmo ferir a pata do animal se não for regularmente aparada. E tem mais: unhas afiadas são verdadeiras armas acidentais. Durante brincadeiras ou mesmo num simples cumprimento, seu cachorro pode arranhar você, outros animais ou até mesmo danificar móveis e sofás sem querer. Por todos esses motivos, manter as unhas do seu companheiro bem aparadas deve ser parte essencial da rotina de cuidados.  Sinais de que está na hora de cortar Preparação para cortar as unhas  Cortar as unhas do seu cachorro em casa pode ser simples e seguro, desde que você esteja bem preparado. Reunir os equipamentos certos e escolher o ambiente adequado faz toda a diferença para que a experiência seja tranquila – tanto para você quanto para o pet. Materiais Necessários *Nunca use cortadores de unha humanos – eles não têm a resistência e o formato adequados e podem machucar o animal. Pode ser usada para alisar as pontas após o corte ou até mesmo no lugar do cortador, se você tem medo de cortar demais. Existem lixas manuais e elétricas (lixadores giratórios), que desgastam a unha aos poucos e reduzem o risco de atingir o “sabugo” (parte sensível da unha). Fundamental para estancar sangramentos caso você corte acidentalmente o sabugo. Encontrado em pet shops, mas farinha de trigo ou amido de milho podem ser alternativas caseiras em emergências. Ofereça agrados durante e após o corte para associar o momento a algo positivo. Isso ajuda o cão a ficar mais calmo nas próximas vezes. Para cães pequenos ou agitados, enrolá-los suavemente em uma toalha (deixando apenas a pata de fora) pode ajudar a evitar movimentos bruscos. Se o cão tende a morder quando estressado, use uma focinheira introduzida de forma positiva (coloque por curtos períodos e recompense antes mesmo de começar o corte). Ambiente ideal Escolha um local tranquilo, sem distrações (evite áreas com movimento de pessoas ou outros pets). Boa iluminação (luz natural ou uma lanterna direcionada) para enxergar bem as unhas, principalmente em cães com unhas escuras. Escolha um horário em que o cão esteja relaxado – após um passeio ou brincadeira, quando ele estiver mais cansado. Com tudo preparado, você estará pronto para realizar o corte com segurança e minimizar o estresse do seu amigo peludo.  Como cortar unha de cachorro O segredo está em criar um ambiente tranquilo, conhecer a anatomia da unha canina e seguir um método paciente.  1. Posicione o cão com conforto Comece acomodando seu pet de maneira segura. Para cães pequenos, sente-se com ele no colo ou em uma mesa coberta com um tapete antiderrapante.  Se necessário, envolva-o levemente em uma toalha, deixando apenas uma pata de fora por vez.  Para cães médios ou grandes, faça-o deitar de lado no chão em um local tranquilo. Se o animal for muito agitado, peça ajuda a alguém para distraí-lo com petiscos ou carinhos enquanto você trabalha. 2. Acostume o cão ao toque nas patas Antes de começar, dedique alguns minutos para acalmar seu cachorro. Faça carinhos e segure suas patinhas sem pressa, recompensando-o com biscoitos.  Esse treino diário ajuda o pet a associar o manuseio das patas a experiências positivas. Se ele ficar nervoso, interrompa e tente novamente em outro momento. 3. Identifique o “Sabugo” (Parte viva da unha) 4. Corte na angulação correta Posicione o cortador em um ângulo de 45 graus em relação à unha, evitando cortes retos. Isso previne lascas e mantém o formato natural.  Segure a pata firmemente (sem apertar demais) e isole um dedo por vez, afastando os pelos para evitar acidentes. 5. Corte sem pressa Use um movimento decisivo para evitar “mastigar” a unha, o que pode causar desconforto. Para unhas escuras, vá cortando camadas finas e verifique a cada etapa. Se o cão se mexer, pare e acalme-o antes de continuar. 6. Lixe as pontas Após o corte, use uma lixa para cães (manual ou elétrica) para suavizar arestas. Isso evita que as unhas arranhem acidentalmente e dá um acabamento mais natural. 7. Recompense e crie uma experiência positiva Após cada pata cortada, ofereça um petisco e elogie bastante. Se o cão ficar muito estressado, interrompa e retome no dia seguinte. O objetivo é que ele associe o processo a algo prazeroso. Acidentes acontecem! Se a unha sangrar: Não tente cortar todas as unhas de uma vez se o cão for ansioso. Comece com uma ou duas por dia, aumentando gradualmente. Com paciência, essa tarefa se tornará parte da rotina sem traumas. Lembre-se: unhas bem cuidadas evitam dores, problemas de postura e acidentes. Se sentir insegurança, consulte um veterinário ou profissional especializado para demonstrar a técnica. Dicas extras para cortar com segurança A parte que se curva para baixo (formando um “gancho”) geralmente não contém sabugo. Corte apenas essa ponta curvada, evitando a base mais reta próxima ao dedo. Se estiver em dúvida, pare antes do que acha seguro. Você pode

Leishmaniose Canina: Tratamentos, Sintomas e Dúvidas Comuns

leishmaniose canina

A leishmaniose canina (conhecida como calazar em alguns lugares) é uma doença perigosa que atinge principalmente os cães, mas também pode afetar outros animais e até seres humanos. Ela é causada por um parasita chamado Leishmania, que prejudica o sistema imunológico do pet. De acordo com o Informe Epidemiológico de Leishmanioses das Américas, o Brasil registrou 12.878 casos da doença em 2022, com tendência de crescimento entre 2023 e 2024. Pesquisadores da Fiocruz reforçam o alerta: o número de cães infectados também está aumentando em todo o país. No Brasil, quase todos os casos em cães são do tipo leishmaniose visceral, provocada pela espécie Leishmania infantum. Essa é uma doença grave, que se desenvolve lentamente e, se não for tratada, pode levar à morte tanto dos animais quanto das pessoas. Por isso, é um problema importante para a saúde pública. O que é leishmaniose canina? A leishmaniose canina é uma doença grave causada por um parasita microscópico chamado Leishmania. Esse invasor entra no corpo do cachorro pela picada de um mosquito infectado (conhecido como mosquito-palha, birigui ou cangalhinha, dependendo da região). Uma vez dentro do organismo, o parasita ataca as células de defesa do cão e se multiplica, espalhando-se para órgãos importantes como: Existem dois tipos principais de leishmaniose: Por que é preocupante? É uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para humanos (mas não passa diretamente do cão para a pessoa – só pelo mosquito infectado). Se não for tratada, pode ser fatal tanto para os animais quanto para os humanos. Nos cães, a doença é crônica e difícil de controlar, mas com cuidados, é possível melhorar a qualidade de vida do pet. Sintomas da leishmaniose canina A leishmaniose canina é uma doença traiçoeira porque muitos cães infectados não apresentam sintomas por meses ou até anos. Quando os sinais aparecem, podem variar bastante, já que a doença afeta vários órgãos. Principais sintomas que o tutor pode observar: Problemas de pele Unhas anormais e patas inflamadas Perda de peso e fraqueza Febre e inchaços Problemas oculares Sangramentos e outros sinais graves Dificuldade para andar Importante: Alguns cães que estão infectados, não mostram sintomas, mas ainda podem transmitir a doença se forem picados pelo mosquito. Em regiões onde a leishmaniose é comum, exames periódicos são essenciais mesmo que o pet pareça saudável. Se o seu cachorro apresentar algum desses sinais, consulte um veterinário urgentemente! Quanto antes for diagnosticado, melhor a chance de controle da doença. Transmissão da leishmaniose canina (passa para humanos?) A leishmaniose não é transmitida diretamente do cão para pessoas ou entre animais.  O contágio só acontece por meio da picada de um mosquito infectado – no Brasil, o principal transmissor é o mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). Como ocorre o ciclo de transmissão? Cães são os principais reservatórios urbanos – Quanto mais cães infectados em uma região, maior o risco de transmissão para humanos, se houver mosquitos por perto. Não pega por contato direto – Não adianta evitar abraçar ou beijar o cão: a doença só se espalha pela picada do mosquito. Pode passar para humanos? Sim, mas apenas se um mosquito picar um cão doente e depois uma pessoa. Casos raros (fora do comum): O maior perigo está no mosquito-palha. Por isso, proteger o cão com repelentes e vacinas é a melhor forma de evitar a doença em pets e humanos. Diagnóstico da leishmaniose canina (teste rápido e exames) Se o seu cão apresenta sintomas suspeitos de leishmaniose ou vive em uma região onde a doença é comum, é essencial levá-lo ao veterinário para exames específicos. O diagnóstico precoce aumenta as chances de controlar a infecção e evitar complicações graves. Principais métodos de diagnóstico: Teste rápido (imunocromatografia) Funciona como um “teste de farmácia” – usa uma gota de sangue do cão para detectar anticorpos contra a Leishmania. Resultado em minutos, útil para triagem inicial. Limitação: Pode dar falso negativo em casos recentes ou com baixa carga parasitária. Sorologia (ELISA/RIFI) Detecta anticorpos no sangue com maior precisão que o teste rápido. ELISA e RIFI são exames laboratoriais mais sensíveis, usados para confirmar resultados duvidosos. Atenção: Infecções muito iniciais podem não ser detectadas, pois o corpo ainda não produziu anticorpos suficientes. Exame parasitológico (citologia/biópsia) Coleta-se amostras de linfonodos, medula óssea, baço ou pele para visualizar o parasita no microscópio. Se o protozoário for encontrado, o diagnóstico é confirmado definitivamente. Desafio: Em infecções leves, pode não haver parasitas suficientes na amostra, levando a um falso negativo. PCR (teste molecular) Identifica o DNA do parasita no sangue ou tecidos, mesmo antes da produção de anticorpos. Mais sensível para detecção precoce, mas também pode falhar se a carga parasitária for baixa na amostra analisada. Nenhum exame é 100% infalível! Por isso, o veterinário avalia: Se houver suspeita forte, mas os exames forem negativos, o profissional pode repeti-los após algumas semanas. Por que o diagnóstico correto é tão importante? Para iniciar o tratamento quanto antes e melhorar a qualidade de vida do cão. Para reduzir o risco de transmissão, já que cães doentes podem infectar mosquitos, que então transmitem a doença a outros animais e humanos. Se notar qualquer sinal suspeito, não espere – consulte um veterinário! Tratamento: como tratar a leishmaniose canina Até poucos anos atrás, cães com leishmaniose eram, infelizmente, condenados à eutanásia. Isso porque a doença não tem cura definitiva e representa risco de transmissão.  Mas desde 2016, esse cenário começou a mudar com a liberação, no Brasil, do primeiro medicamento veterinário autorizado para o tratamento da leishmaniose canina: a miltefosina (Milteforan®). O tratamento, feito exclusivamente sob prescrição veterinária, tem como objetivo controlar os sintomas e reduzir a carga do parasita no corpo do cão, proporcionando mais qualidade de vida e diminuindo o risco de o animal infectar novos mosquitos. Isso é chamado de cura clínica ou cura epidemiológica — o cão melhora, mas a doença não é eliminada completamente. Por isso, ele pode ter recaídas e continuará precisando de acompanhamento. A terapia inclui: Outros medicamentos podem ser usados conforme o estado do cão (como pomadas para pele ou remédios para

Como escovar dentes do Cachorro? Um Guia

Como escovar dentes do Cachorro

Você sabia que 90% dos pets podem desenvolver problemas dentários ao longo da vida? A falta de higiene bucal pode causar placa bacteriana, tártaro, mau hálito e até doenças graves que afetam o coração, rins e fígado do seu amigo de quatro patas.  A boa notícia é que, com escovação regular e cuidados simples, você pode evitar esses problemas. Neste blog, vamos aprender como escovar os dentes de um cachorro. Você pode até pensar que somente cachorros idosos podem desenvolver estes problemas, mas outro dado relevante mostra que aproximadamente 80% dos cães e gatos desenvolvem algum problema bucal após completarem três anos de idade. Ou seja, é hora de se atentar.  Como escovar os dentes do cachorro? Manter a saúde bucal do seu cachorro é essencial para prevenir problemas como tártaro, mau hálito e até doenças mais graves. Mas afinal, o que usar para limpar os dentes do seu pet de forma segura e eficaz? 1. Escova de dentes A escovação regular e diária é o método mais eficaz para remover a placa bacteriana. O ideal é usar: Escova específica para cães: com cerdas macias e formato anatômico, facilita a limpeza de todos os dentinhos. Escova infantil de cerdas macias: pode ser uma alternativa se não tiver uma escova para pets em casa. Lembre-se de não utilizar escovas de humanos adultos, pois as cerdas duras podem machucar a gengiva do seu amigo. 2. Dedeira ou gaze Se o seu cão ainda não se acostumou com a escova, você pode começar com: 3. Pasta de dente veterinária Primeiramente, jamais utilize pasta de dente comum no seu cachorro! Elas contêm flúor e xilitol, substâncias tóxicas que podem causar vômitos, danos ao fígado e até convulsões. Opte sempre por pasta de dente específica para cães, que: Uma recomendação comum veterinária é a Pasta Dental Virbac Enzimática, pois ela é enzimática, então ela tem um potencial de remover a placa bacteriana com mais eficácia. Mas lembre-se de verificar com o veterinário do seu cão antes de comprar a pasta escolhida. Ele recomendará a melhor opção para seu pet. 4. E se não tiver pasta canina? Em casos de emergência, você pode escovar os dentes do seu cão apenas com água. O mais importante é a ação mecânica da escova, que remove a placa mesmo sem o creme dental. Por que tudo isso é importante? A escovação regular dos dentes do seu cachorro pode prevenir problemas como: Dica extra: comece aos poucos, com sessões curtas, e recompense seu pet para criar uma associação positiva com a escovação. Um estudo demonstrou que cães demonstraram sinais de estresse no início de uma rotina de escovação, mas tiveram uma adaptação gradual. Assim, a exposição consistente e calma à escovação pode reduzir a ansiedade do cão. Tenha paciência. Dicas para escovar dentes do cão  No começo, o ideal é fazer escovações curtas, de poucos segundos, e aumentar o tempo conforme o pet se acostuma. Quantas vezes escovar os dentes do cachorro? O ideal é escovar os dentes do cachorro todos os dias. Mas, se isso não for possível, tente fazer ao menos 3 vezes por semana.  A placa bacteriana começa a se transformar em tártaro em 48 horas, então a escovação frequente é a melhor forma de evitar o acúmulo e as doenças bucais. Como higienizar os dentes do cachorro além da escovação? A escovação é o mais importante, mas você também pode usar: Essas alternativas não substituem a escovação, mas ajudam a manter a saúde bucal em dia Pode escovar os dentes do cachorro com pasta de humano? Não pode. A pasta de dente comum contém substâncias tóxicas para os cães, como o xilitol e o fluor. O cachorro não cospe a espuma como a gente, então ele acaba engolindo tudo. Por isso, use apenas pasta de dente própria para cães, que é segura mesmo se ele engolir. O que pode substituir a pasta de dente de cachorro? Se você não tem pasta de dente veterinária no momento, pode escovar apenas com água ou usar uma gaze umedecida nos primeiros dias.  Em alguns casos, o óleo de coco (sem adição de nada) pode ajudar temporariamente, mas sempre com moderação e aval do veterinário. Para o dia a dia, o ideal é usar uma pasta dental feita especialmente para pets. Como limpar o tártaro dos dentes do cachorro em casa? O tártaro é a placa endurecida que não sai com escovação comum. Em estágios iniciais, é possível reduzir com escovações diárias e o uso de géis antitártaro. Mas, quando o tártaro está muito aderido aos dentes, o correto é levar ao veterinário odontologista, que irá remover com os equipamentos certos e sob anestesia. Jamais tente raspar o tártaro com objetos, pois você pode machucar a gengiva do pet. Doenças periodontais mais comuns em cães As doenças periodontais são aquelas que afetam os tecidos de suporte dos dentes — como gengiva, ligamentos periodontais e osso alveolar.  Elas são extremamente comuns em cães, especialmente os de pequeno porte e os que não têm escovação regular. A principal causa é o acúmulo de placa bacteriana, que se transforma em tártaro e leva à inflamação crônica.  Sem tratamento, essas doenças evoluem de forma silenciosa, mas podem gerar dor intensa, mau hálito, perda de dentes e até infecções sistêmicas. Essas doenças não afetam só a boca. As bactérias da gengiva podem cair na corrente sanguínea e prejudicar órgãos como coração, fígado e rins.  Por isso, a prevenção com escovação regular e check-ups veterinários é fundamental para a saúde geral do seu pet. Veja as principais: Gengivite É o estágio inicial da doença periodontal. A gengiva fica vermelha, inchada e sensível, podendo sangrar durante a escovação. É reversível com higiene bucal adequada. Periodontite Ocorre quando a inflamação atinge estruturas mais profundas ao redor dos dentes. Pode causar retração da gengiva, mobilidade dentária e exposição da raiz. Nessa fase, a perda dos dentes é comum. Abscessos dentários Infecções localizadas que causam acúmulo de pus entre a raiz do dente e o osso. Cães com abscessos

Cachorro Obeso: Sintomas, Ração e Tratamentos

Cachorro Obeso: Sintomas, Ração e Tratamentos

Cachorros obesos estão longe de serem uma novidade no Brasil. De acordo com informações do Banfield Pet Hospital, cerca de 25% a 40% dos pets no Brasil estão obesos. A obesidade canina é caracterizada por um acúmulo excessivo de gordura corporal, quando o peso está 15-20% acima do ideal.  O próximo passo ao observar que cão está obeso, é levá-lo para uma consulta ao veterinário, identificar a causa, escolher a ração certa e implementar um plano de emagrecimento seguro. O que é a obesidade canina? A obesidade canina refere-se ao excesso de gordura corporal do cão, que geralmente ocorre quando o seu peso excede os 15% a 20% recomendados.   Esta situação vai além de uma mera questão estética, é uma questão de saúde que pode impactar a qualidade de vida e a expectativa de vida do seu animal de estimação. Principais causas  – Muitos donos exageram em guloseimas, restos de comida humana ou rações muito calóricas, sem ajustar a quantidade diária necessária. – Cães sedentários, que não têm passeios regulares ou brincadeiras ativas, queimam menos calorias e ganham peso mais facilmente. – Algumas raças têm maior tendência à obesidade, como Labrador, Golden, Beagle e Pug. – Hipotireoidismo (queda no metabolismo) e Síndrome de Cushing (excesso de cortisol) podem levar ao ganho de peso mesmo com dieta controlada. Como diagnosticar a Obesidade Canina? Os veterinários avaliam o peso ideal usando o Escore de Condição Corporal (ECC), uma escala de 1 a 9, onde: Se o seu cão está com dificuldade para se mover, muito ofegante ou se você não consegue sentir as  costelas ao passar a mão, é hora de uma avaliação profissional. Fonte: PetMoreTime Sintomas de Cachorro Obeso É muito importante detectar precocemente a obesidade canina para prevenir complicações sérias.  Confira os indícios físicos e comportamentais que sugerem que o seu cão está com sobrepeso:  Ao passar a mão pelo tórax do cão, não é possível sentir as costelas devido à camada espessa de gordura. Vista de cima, a região entre as costelas e o quadril não forma uma curva (formato de “ampulheta”). De lado, o abdômen fica abaulado (como uma “barriga caída”). O cão evita subir escadas, pular no sofá ou caminhar por muito tempo. Tem movimentos lentos e membros traseiros arrastados (devido ao esforço nas articulações). Fica cansado rapidamente em passeios curtos ou após brincar. A respiração pesada persiste mesmo em repouso. Dorme mais que o habitual (acima de 16h/dia para adultos) e demonstra apatia. Ignora brinquedos ou interações que antes adorava. Prefere ficar deitado a se movimentar. Se seu cão apresenta esses sinais, agende uma consulta veterinária. A obesidade infelizmente pode mascarar doenças graves, como diabetes ou cardiopatias. Riscos da obesidade canina A obesidade trata-se de uma condição séria que facilita o surgimento de várias doenças crônicas e pode diminuir consideravelmente a expectativa de vida do seu pet.  Pesquisas recentes indicam que cães com excesso de peso podem viver menos e sofrer de complicações. Uma pesquisa com dados fornecidos pelo Banfield Pet Hospital descobriu que a expectativa de vida de cães com sobrepeso era até 2 anos e meio menor, em média, do que a expectativa de vida de cães com peso corporal saudável. Um dos perigos mais preocupantes é o surgimento de diabetes que está se tornando cada vez mais frequente em cães com excesso de peso, pois a obesidade pode causar resistência á insulina Além disso, há muitas outras doenças associadas com a obesidade, como: Tratamento da obesidade em cachorros Para lutar contra a obesidade canina é importante buscar por assistência veterinária que vai orientar nas modificações da rotina alimentar e física do cãozinho. Não é segredo que o foco do dono precisa ser: Um plano eficiente deve ser posto em prática em fases, sempre priorizando a saúde e o conforto do animal. É importante frisar que o tratamento vai depender do cachorro e de possíveis doenças associadas. Portanto, sempre consulte um veterinário. Ração para cachorro obeso A escolha da ração ideal para um cão obeso deve ser personalizada, considerando fatores como idade, porte, nível de atividade, doenças associadas (ex.: diabetes, hipotireoidismo) e preferências do animal.  Abaixo, listamos as principais opções do mercado, mas sempre consulte um veterinário antes de tomar uma decisão. Lembrando que não são recomendações diretas:  Antes de comprar qualquer ração, é imprescindível: Lembre-se que nenhuma ração substitui um plano integrado! Combine a alimentação com exercícios, petiscos saudáveis (como cenoura) e acompanhamento veterinário trimestral. Agende uma consulta nutricional para receber orientações personalizadas de um veterinário.  Perguntas Frequentes  Quantos quilos o cachorro é considerado obeso? Não existe um número exato de quilos, pois a obesidade varia conforme o porte e a raça. Um cão é considerado obeso quando ultrapassa 15%-20% do peso ideal para seu tamanho e estrutura corporal.  O que fazer quando o cão está obeso? O primeiro passo é consultar um médico-veterinário, que poderá avaliar o estado geral de saúde do cão e indicar mudanças seguras. Normalmente, o tratamento inclui: O que a obesidade pode causar no cachorro?  A obesidade canina está associada a diversos problemas de saúde, como:  Além disso, o excesso de peso impacta negativamente na qualidade de vida do animal. Como tirar o cachorro da obesidade? A reeducação alimentar e o aumento gradual da atividade física são essenciais. O plano ideal inclui: Lembre-se: nada de dietas radicais ou medicamentos sem prescrição. A perda de peso deve ser gradual e segura.

Quantos anos vive um cachorro com diabetes?

Quantos anos vive um cachorro com diabetes

Cães com diabetes canina, quando tratada adequadamente, podem viver por alguns anos com qualidade de vida. Com diagnóstico precoce e controle rigoroso da glicose, muitos cães diabéticos podem viver até 8 ou 10 anos, porém, se o diagnóstico não for precoce e o controle glicêmico não for rígido, o tempo de vida é estimado em até 2 anos após o diagnóstico. A média de sobrevivência de cães diabéticos tratados pode ser em torno de 2,6 anos (964 dias), reforçando que cães diabéticos têm melhores expectativas de vida quando recebem os cuidados rigidamente necessários. A longevidade de um cão com diabetes é influenciada por diversos fatores. No geral, com os cuidados certos, a diabetes em cachorro não é um problema tão grave a ponto de encurtar drasticamente a vida de um cão para alguns meses.  O que provoca diabetes em cachorro? A diabetes em cães geralmente equivale ao tipo 1 em humanos — ou seja, é uma doença insulino-dependente. Na maioria dos casos, o próprio sistema imune do animal ataca e destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Essa destruição leva à elevação da glicose no sangue. Em outras palavras, é como se o organismo “se voltasse contra o pâncreas”, impedindo a fabricação de insulina suficiente. Além da predisposição imunológica, diversos fatores aumentam o risco da doença: A causa imediata da diabetes costuma ser a destruição pancreática, mas há muitos fatores predisponentes que contribuem para o seu surgimento. Sintomas do diabetes em cães Os sinais clínicos costumam surgir de forma gradual, mas pioram com o tempo se a doença não for tratada. Entre os principais sintomas iniciais, estão: Além disso, o cão pode apresentar apatia, cansaço, infecções urinárias frequentes e desenvolvimento rápido de catarata diabética, que pode levar à cegueira parcial ou total. Diante de qualquer combinação desses sinais, é fundamental procurar o veterinário. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor a resposta ao tratamento. Diagnóstico e acompanhamento da doença O diagnóstico é confirmado com exames simples: medição da glicose no sangue e urina. A presença persistente de hiperglicemia e glicosúria praticamente fecha o diagnóstico. Porém, atentar-se à glicosúria na urina, pois pode ser indicador de doença renal ao invés de diabetes, portanto, o veterinário deve fechar o diagnóstico em conjunto à anamnese. Além disso, podem ser solicitados: Após o diagnóstico, inicia-se o tratamento e o acompanhamento frequente. O veterinário fará curvas glicêmicas para ajustar a dose de insulina e garantir o controle glicêmico. Mesmo estabilizado, o cão deve ser monitorado regularmente (a cada 3 a 6 meses). Em casa, o tutor pode usar fitas de urina ou até glicosímetros veterinários, sempre com orientação profissional. Tratamento do diabetes canino Embora não haja cura, a diabetes canina é controlável. O tratamento se baseia em: A insulina é indispensável e, geralmente, aplicada duas vezes ao dia. As mais usadas são Caninsulin ou insulinas humanas tipo NPH. Lembre-se de que é o médico-veterinário quem irá determinar o tratamento mais adequado ao cão. O tutor deve aprender a aplicar corretamente, alternando os locais para evitar fibroses e respeitando os horários com rigor. Com o tempo, isso se torna parte da rotina. Outros cuidados importantes: O comprometimento diário com o tratamento permite que o pet recupere a disposição e viva com qualidade. Qual o valor da insulina para um cachorro com Diabetes? O custo mensal varia conforme o porte do cão e o tipo de insulina. Em média: Além disso, há custos com seringas, tiras de urina, exames e consultas. Felizmente, muitas clínicas oferecem suporte ou descontos. O ideal é planejar o orçamento e conversar com o veterinário sobre opções mais acessíveis, garantindo a continuidade do tratamento. Alimentação e rotina adequada para cães com diabetes A dieta deve conter: Rações comerciais específicas ou dietas caseiras formuladas por nutrólogos são indicadas. Os horários das refeições devem estar sincronizados com a aplicação de insulina. O ideal é alimentar o pet sempre nos mesmos horários, com a mesma quantidade. Água deve estar sempre disponível. Exercícios leves (caminhadas diárias, por exemplo) são benéficos, mas sem exageros. Regularidade e consistência são essenciais para evitar hipoglicemias. E sempre se consulte com um veterinário regularmente.  O que acontece se não tratar diabetes em cachorro? Se não tratado, o diabetes leva rapidamente à complicações graves como: Sem insulina, a hiperglicemia se agrava, levando o organismo ao colapso metabólico. A qualidade de vida do animal é severamente comprometida. Por isso, o tratamento recomendado pelo veterinário deve ser seguido rigorosamente. Prevenção e cuidados diários para melhorar a qualidade de vida Embora não seja sempre possível prevenir, algumas medidas reduzem os riscos: Para cães já diagnosticados, a rotina deve ser consistente: horários certos, alimentação adequada, monitoramento de sinais e consultas de acompanhamento. Ter um kit de emergência (com mel ou glicose em gel) em casa também é útil para casos de hipoglicemia. Assim, mesmo sendo difícil, com dedicação, é possível oferecer uma vida longa, ativa e feliz ao cão diabético.

Catarata em Cachorro: Causas, Sintomas, Tratamento e Custos

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A catarata em cães é uma doença nos olhos que afeta o cristalino, que é como se fosse uma lente dentro do olho. Essa lente fica opaca e esbranquiçada, esverdeada ou azulada, atrapalhando a visão do cachorro. Isso impede que a luz passe de forma adequada até a retina, resultando em visão turva e, se não for tratada, pode evoluir para cegueira total.  A catarata pode acontecer em um ou nos dois olhos do cachorro e pode se desenvolver rapidinho, em poucas semanas, ou mais lentamente, durante meses ou até anos. É importante destacar que nem toda alteração de cor no olho significa que se trata de uma catarata. Em cães idosos, por exemplo, pode ocorrer a esclerose nuclear ou lenticular, que dá aos olhos um tom azulado, mas não compromete significativamente a visão, não necessitando de tratamento. Entretanto, deve-se atentar-se e realizar o acompanhamento, já que a mesma pode evoluir para catarata.  Por outro lado, a catarata verdadeira afeta seriamente a função visual e tende a piorar com o tempo. Graus de maturidade da catarata em cães A catarata é uma doença progressiva que pode se apresentar em diferentes graus de maturidade, dependendo da quantidade de opacidade no cristalino.  1. Catarata incipiente (ou facoesclerose) 2. Catarata madura 3. Catarata hipermadura Sintomas da Catarata em cachorro Olhos que apresentam tonalidades azuladas ou esbranquiçadas são um indicador clássico de catarata madura em cães, evidenciando a opacificação do cristalino e a consequente redução da visão. Os sintomas que os tutores podem identificar abrangem alterações visuais e comportamentais, tais como: O cristalino, centro do olho, pode adquirir uma coloração acinzentada, azulada ou branca, visível a olho nu. Em alguns casos, o olho pode exibir uma espécie de “névoa” ou manchas brancas atrás da pupila. Cães com catarata podem se sentir desconfortáveis em ambientes excessivamente iluminados, evitando locais com luz forte. É comum notar um aumento nas secreções oculares e lacrimejamento, frequentemente acompanhados de vermelhidão, em decorrência da irritação causada pela catarata ou de inflamações secundárias. 4. Dificuldade de visão e desorientação Conforme a catarata avança, o animal passa a ter problemas para perceber obstáculos, esbarrando em móveis, paredes e degraus. Essa dificuldade pode ainda se manifestar na incapacidade de localizar brinquedos ou reconhecer pessoas à distância. 5. Mudanças de comportamento A perda de visão pode gerar insegurança. O pet pode evitar subir em sofás ou descer escadas, apresentar maior ansiedade, se tornar mais quieto ou até demonstrar agressividade devido à desorientação.  Em alguns casos, a situação pode levar à depressão, diminuição do apetite e à preferência por manter-se imóvel, especialmente quando a visão está significativamente comprometida. Conforme a catarata evolui, esses sintomas podem se agravar.  Principais causas da catarata em cachorros A catarata canina pode surgir por vários motivos, que vão desde fatores genéticos até problemas de saúde mais amplos.  Genética e Idade A causa mais frequente é a hereditária. Muitas cataratas são congênitas, o que significa que o cão já nasce predisposto a desenvolvê-las, especialmente em raças específicas.  Além disso, cães mais velhos costumam ter a chamada “catarata senil”. Geralmente, nesses casos, a opacificação é pequena, evolui devagar e pode não levar à cegueira completa. Predisposição de Raça Algumas raças têm maior tendência a desenvolver catarata.  Entre elas, destacam-se:  Nestes cães, a doença pode aparecer ainda jovem, com casos de catarata juvenil ocorrendo antes dos 6 anos de idade. Diabetes O diabetes é a segunda causa mais comum de catarata em cães. Alterações metabólicas associadas à doença podem provocar o desenvolvimento rápido e bilateral da catarata.  Cerca de 75% dos cães diabéticos desenvolvem catarata no primeiro ano após o diagnóstico, com o cristalino ficando esbranquiçado em poucas semanas se houver descontrole dos níveis de glicose. Doenças Oculares Inflamatórias Inflamações dentro do olho, como uveítes, e problemas na retina – por exemplo, a Atrofia Progressiva da Retina (PRA) – podem desencadear catarata. Doenças como o glaucoma também podem levar à opacificação do cristalino. Infecções (como as transmitidas por carrapatos) ou traumas leves podem iniciar essa reação inflamatória que, com o tempo, resulta em catarata. Trauma e Lesões Qualquer golpe ou ferimento nos olhos pode danificar o cristalino, provocando inflamações severas e, consequentemente, catarata.  Em casos extremos, quando a cápsula da lente é rompida, a opacificação é praticamente certa. Alguns medicamentos ou toxinas, embora raramente, também podem estar envolvidos nesse processo. Causas Nutricionais e Outras A catarata causada por nutrição, embora seja menos frequente hoje em dia, ainda pode ocorrer em filhotes que não recebem uma nutrição adequada, devido à carência de nutrientes essenciais. Exposições prolongadas à radiação como, por exemplo, tratamentos de radioterapia na região ocular e malformações congênitas do olho também podem contribuir para o desenvolvimento da catarata. A catarata também pode ser desenvolvida por conta de defeitos congênitos nos olhos e por longas exposições à radiação, como em casos de radioterapia na região ocular. Como a catarata canina é diagnosticada? Um exame oftalmológico completo é o primeiro passo para diagnosticar a catarata em cães. São usados instrumentos como a lâmpada de fenda e o fundoscópio. Assim, o veterinário avalia a saúde das estruturas oculares – desde a córnea até o cristalino – identificando a opacidade característica da catarata e diferenciando-a de outras alterações, como a esclerose nuclear, comum em cães mais velhos. Além da avaliação direta, o especialista realiza a tonometria para medir a pressão intraocular, o que é fundamental para detectar possíveis complicações, como o glaucoma.  Quando a opacidade do cristalino impede a visualização adequada do fundo do olho, o ultrassom ocular se torna uma ferramenta indispensável para verificar a integridade da retina.  Em alguns casos, a eletrorretinografia (ERG) é utilizada para avaliar a funcionalidade da retina por meio da medição da atividade elétrica diante de estímulos luminosos. Caso a cirurgia seja necessária, exames pré-operatórios gerais – como análises de sangue e eletrocardiograma – são realizados para assegurar a saúde sistêmica do cão e a segurança durante a anestesia.  Junto com o histórico clínico do animal, esses exames determinam o melhor plano de tratamento, garantindo que o diagnóstico seja

Disfunção Cognitiva Canina: Causas, Sintomas e Tratamentos

Disfunção Cognitiva Canina

A Disfunção Cognitiva Canina, também conhecida como DCC, é uma espécie de “Alzheimer Canino” no qual o animal apresenta uma perda gradual de memória, dificuldade de aprendizado e outras habilidades mentais. Sendo assim, essa condição vai além do mero envelhecimento comum.  Quando o cão envelhece, muitas mudanças químicas e físicas se manifestam no cérebro do animal, assim como em humanos. Por exemplo, os neurônios se degeneram, proteínas anormais – como a beta-amiloide – se acumulam no tecido cerebral, entre outros fenômenos. E tudo isso prejudica as funções cognitivas e configura a síndrome neurodegenerativa progressiva, chamada de  DCC. Muitas vezes, os sinais iniciais da Disfunção Cognitiva Canina (DCC) passam despercebidos, sendo confundidos com “coisas da idade”. No entanto, conforme a doença avança, os pets passam a apresentar sintomas cognitivos e comportamentais claros. A DCC é uma condição degenerativa e irreversível, mas com os cuidados adequados, é possível controlar os sintomas e retardar sua progressão. Alguns dados relevantes sobre a DCC incluem: Sintomas da Disfunção Cognitiva Canina Os sinais da DCC podem ser sutis no início e muitos tutores os interpretam como comportamentos normais de um cão velhinho. É importante ficar atento, pois mudanças marcantes de comportamento em um cão idoso podem indicar DCC e não apenas “rabugice” da idade​. Os sintomas mais comuns incluem: Desorientação Mudanças na Interação Social Sono Desregulado Esquecimento e Perda de Aprendizado Alterações no Nível de Atividade Ansiedade e Medo Nem todo cão terá todos os sintomas, e alguns podem ser confundidos com outras doenças. O importante é observar mudanças no comportamento e levar ao veterinário. Quanto antes a DCC for diagnosticada, melhor será a qualidade de vida do seu pet! Idade de Início e Raças Mais Afetadas A DCC (Disfunção Cognitiva Canina) é uma condição relacionada ao envelhecimento cerebral que afeta principalmente cães na fase geriátrica. Quando aparece? Causas da Disfunção Cognitiva Canina A principal causa da DCC é o processo de envelhecimento do cérebro do animal. Conforme os cães envelhecem, seu sistema nervoso passa por uma série de alterações degenerativas – muitas das quais são semelhantes às observadas em humanos com Alzheimer. Alguns dos mecanismos envolvidos incluem: Acúmulo de proteínas tóxicas Estresse oxidativo Inflamação e má circulação Desequilíbrio químico Afeta humor, atenção e comportamento Fatores de Risco Boa notícia: Diagnóstico da Disfunção Cognitiva Canina Diagnosticar DCC pode ser desafiador, pois não existe um exame laboratorial simples que confirme a doença. O diagnóstico é basicamente clínico, feito através da avaliação dos sinais e pela exclusão de outras doenças que possam causar sintomas parecidos​. As etapas típicas do diagnóstico incluem: Vale ressaltar que não há um marcador específico ou teste 100% confirmatório para DCC em vida. O diagnóstico definitivo só seria possível examinando o tecido cerebral (geralmente post-mortem, através de necropsia e histopatologia, encontrando as placas beta-amiloides e outras lesões características).  Na prática clínica, porém, essa confirmação não é realizada enquanto o animal está vivo. Por isso, é tão importante a experiência do veterinário e a colaboração do tutor na observação dos sintomas. Em casos duvidosos ou mais complexos, o veterinário clínico pode encaminhar o pet a um médico-veterinário neurologista para uma avaliação especializada. Identificar a DCC precocemente é benéfico porque permite iniciar medidas de tratamento e manejo antes que o declínio cognitivo seja muito severo​. Portanto, se o seu cão idoso apresenta sinais estranhos de confusão ou alteração de comportamento, não os atribua apenas à idade sem antes consultar um veterinário. É sempre melhor investigar – muitas vezes, reconhecer a síndrome e tratá-la pode trazer melhora na qualidade de vida do animal. Mesmo pequenas melhoras — como voltar a dormir melhor ou reconhecer os tutores — já são sinais positivos. Por isso, celebre os progressos, mantenha o acompanhamento com o veterinário e ajuste o plano sempre que necessário. Com paciência, carinho e atenção, seu cão pode envelhecer com mais dignidade, tranquilidade e amor. 🐾